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O Itamaraty tem recaída e dá uma resposta de governo mixuruca aos EUA

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da OEA, fez um relatório sobre a usina de Belo Monte — eivado, de fato, de absurdos —, e o Itamaraty correu para dar uma resposta a um órgão irrelevante, que está metendo o bedelho em algo que está fora de sua competência. E ainda prometeu que voltará ao […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 12h19 - Publicado em 8 abr 2011, 21h59

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da OEA, fez um relatório sobre a usina de Belo Monte — eivado, de fato, de absurdos —, e o Itamaraty correu para dar uma resposta a um órgão irrelevante, que está metendo o bedelho em algo que está fora de sua competência. E ainda prometeu que voltará ao assunto. Já chamei aqui Belo Monte de “o mais belo monte” do governo Lula, embora o Brasil precise de energia, é claro. Mas anda tudo errado por lá. De todo modo, a OEA exorbitou, e o governo Dilma aceitou o joguinho.

No post abaixo, vocês lêem que o governo americano acusa o Brasil de violação aos direitos humanos, especialmente no que respeita aos presos comuns. Aponta a violência policial e a leniência com a corrupção. Se é para responder, há duas respostas a dar: uma de gente adulta e outra de moleque birrento. Adivinhem qual foi a escolha feita pelo Itamaraty neste “novos tempos” de Dilma Rousseff… Leiam:

“O Governo brasileiro tomou conhecimento da publicação, hoje, 8 de abril, do relatório anual do Departamento de Estado dos EUA sobre Direitos Humanos.
O Governo brasileiro não se pronuncia sobre o conteúdo de relatórios elaborados unilateralmente por países, com base em legislações e critérios domésticos, pelos quais tais países se atribuem posição de avaliadores da situação dos direitos humanos no mundo. Tais avaliações não incluem a situação em seus próprios territórios e outras áreas sujeitas de facto à sua jurisdição.
O Brasil reitera seu forte comprometimento com os sistemas internacionais de direitos humanos, dos quais participa de maneira transparente e construtiva. O Brasil permanecerá engajado, em particular, no mecanismo de Revisão Periódica Universal do Conselho de Direitos Humanos, instância criada para avaliar situações de direitos humanos nos países membros das Nações Unidas.”

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É uma resposta de gente mixuruca, típica dos piores tempos do Itamaraty sob o comando do Megalonanico. Existe violência policial no Brasil? Sim! Existe desrespeito a presos comuns? Sim! Existe corrupção? Sim! É tudo verdade! Mas a nota do Itamaraty, pelo visto, considera isso uma avaliação feita “com base em legislações e critérios domésticos”. Quer dizer com isso que os EUA avalia o mundo com base em suas leis. Huuummm… Por quê? As leis brasileiras permitem tortura a presos, violência policial e corrupção?

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A nota é toda abespinhada, coisa de gente impotente e brava. Acusa os EUA de ignorar os direitos humanos em seu próprio país e faz referência ao Afeganistão e ao Iraque. Se é para tocar no assunto, que seja direto, que vá ao ponto.

Mas como reagir então?

Se é que caberia uma reação, bastaria afirmar que o Brasil dispõe de mecanismos para coibir e punir abusos e que está empenhado em combater todas as formas de violência. E pronto! Assim como fez, acusou o golpe e se saiu com o famoso “ninguém manda nimim“, dando a entender, o que é pior, que nega o óbvio.

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