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O homem que diz ter entregado dinheiro a Orlando Silva reafirma denúncia e diz ter sido ameaçado duas vezes depois de entrevista à VEJA

O Por Jaílton Carvalho, no Globo: O motorista Célio Soares, uma das principais testemunhas dos supostos desvios de dinheiro do Ministério do Esporte , afirmou nesta terça-feira que recebeu ameaças de agressão de duas pessoas ligadas a Organizações Não Governamentais (ONGs) suspeitas de envolvimento em irregularidades. Uma das tentativas de coerção teria partido do irmão […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 10h22 - Publicado em 26 out 2011, 05h35

O Por Jaílton Carvalho, no Globo:
O motorista Célio Soares, uma das principais testemunhas dos supostos desvios de dinheiro do Ministério do Esporte , afirmou nesta terça-feira que recebeu ameaças de agressão de duas pessoas ligadas a Organizações Não Governamentais (ONGs) suspeitas de envolvimento em irregularidades. Uma das tentativas de coerção teria partido do irmão de um político petista de Brasília. A outra ameaça teria como origem um homem que teria relações com a ONG Instituto Liga de Futebol Society. Em entrevista ao GLOBO nesta terça-feira, o motorista reafirmou ter levado R$ 1 milhão para o ministro do Esporte, Orlando Silva, que nega com veemência.

Soares está intimado para depor nesta quarta-feira na Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara. O motorista disse que os dois responsáveis pelas ameaças estiveram na casa dele em Sobradinho, na semana passada. Como não encontraram o motorista, os dois teriam deixado com familiares recados ameaçadores. Desde então, Soares não anda sozinho. Só se movimenta em Sobradinho, cidade-satélite de Brasília, na companhia de amigos. Soares foi motorista de Fredo Ebling, ex-candidato a deputado federal pelo do PCdoB e um dos principais aliados de Orlando no partido. “Um ficou lá em casa e falou para minha mãe que eu não sabia onde eu estava entrando. Que eu ia me lascar todinho. O outro também ficou lá meia hora me esperando. Falou para eu tomar cuidado por onde eu estaria entrando. Deixou esse recado com a menina que trabalha lá em casa – disse Soares, em entrevista gravada.”

Célio diz que usou credencial para entrar na garagem do ministério
Esta é a primeira vez que Célio Soares rompe o silêncio que se auto-impôs após declarar à revista “Veja”, há duas semanas, que tinha levado R$ 1 milhão para Orlando Silva na garagem do ministério. Numa longa conversa, o motorista reafirmou que recolheu e levou uma caixa de dinheiro para o ministro em novembro ou dezembro de 2008. Ele teria recolhido o dinheiro com dirigentes de ONGs beneficiadas pelo programa Segundo Tempo a mando de Fredo e, em seguida, transportado o dinheiro numa caixa de papelão até a garagem do ministério.

Ele relata que entrou na garagem do ministério com uma credencial fornecida por Fredo, parou o carro ao lado do carro oficial do ministro e, em pouco tempo, entregou a encomenda. O motorista do ministro teria ajudado a carregar a caixa do porta-malas de um carro para o outro. Segundo ele, a ajuda era necessária para evitar que o peso do dinheiro arrebentasse a caixa. “Levei um R$ 1 milhão em notas de R$ 50, R$ 100. Parei do lado, desci, abri o porta-mala do carro, peguei o dinheiro. O motorista abriu o porta-mala do carro oficial. Fui eu quem botou com a ajuda do motorista”, disse Soares.

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Segundo ele, o motorista estava no banco de trás do carro e perguntou pela saúde de Fredo. O militante do PCdoB teria contraído uma virose e não pode comparecer ao compromisso com o ministro. “Só perguntou se o Fredo estava melhor. Falei : “tá melhorando”, disse.

O motorista sustenta ainda que, a pedido de Fredo, recolheu o dinheiro com dirigentes de ONGs. Ele diz ter recebido R$ 200 mil do ex-jogador de futebol Toni Matos e de Hilton, ex-funcionário do Ministério do Esporte. Ele teria recolhido ainda outros R$ 300 mil com Geraldo Nascimento, apontado como um dos laranjas de seis empresas acusadas de fornecer notas fiscais falsas para dirigentes de ONGs.
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