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O futuro do ex-presidente Lula

Reportagem de capa da VEJA desta semana — e haverá uma edição especial na primeira semana de novembro já com o resultado das urnas e os desafios do próximo presente — trata do futuro do já quase ex-presidente Lula. Recorrendo à síntese da revista: “Ele sairá da Presidência, mas a Presidência sairá dele?” Vamos ver.  […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h46 - Publicado em 31 out 2010, 06h35

Reportagem de capa da VEJA desta semana — e haverá uma edição especial na primeira semana de novembro já com o resultado das urnas e os desafios do próximo presente — trata do futuro do já quase ex-presidente Lula. Recorrendo à síntese da revista: “Ele sairá da Presidência, mas a Presidência sairá dele?” Vamos ver.  Caso Dilma Rousseff, a sua criatura eleitoral, vença a disputa, talvez venha à luz o “conselheiro amigo”; se o vitorioso for José Serra, resistirá o petista à tentação de chefiar a oposição, ainda o seu maior talento? O que é certo até agora? Ele já criou um instituto, seguindo os passos, também nesse caso, do antecessor, FHC. Leiam trecho da reportagem de Laura Diniz, Sandra Brasil e Otávio Cabral.

(…)
A rotina diária, com todos os seus detalhes, será a primeira coisa a amanhecer diferente em 2 de janeiro. Ao acordar, por exemplo. Lula não terá tido a visita noturna do funcionário destacado para dirigir-se ao quarto do presidente nas madrugadas com a função de verificar se o mandatário da nação repousa tranqüilo. Lula gosta de contar do susto que levou na primeira noite que passou no Palácio da Alvorada. “Estava dormindo e, de repente, vi aquele sujeito no meu quarto. Só depois descobri que ele estava passando para ver se estava tudo bem.” Hoje, muitas madrugadas depois, ele se sente tão à vontade no palácio que, ao convidar assessores e amigos para visitá-lo, costuma dizer apenas: “Passa lá em casa”. Quando recebe novas visitas, gosta de exibir as tapetes e mostrar as vastas estantes de livros da biblioteca. “Já li todos”, diz, brincando.

Das regalias funcionais que fazem parte do poder, e que se vão quando ele termina, Lula deverá sentir especial saudade do Airbus da Presidência, o Aerolula, que recebeu em 2005. Ele não apenas gosta de viajar no jato como costuma se gabar do fato de tê-lo adquirido. “Precisava chegar um cara de coragem para fazer isso”, costuma dizer. Como o funcionário encarregado de checar sua respiração nas madrugadas, outros em breve deixarão de servir-lhe para ocupar-se de seu sucessor, como o médico das Forças Armadas que acompanha os exercícios matinais do presidente e as duas funcionárias encarregadas de assegurar que sua roupa esteja sempre lavada, passada e com os botões em dia. Tudo isso acabará em janeiro. E Lula já decidiu como viverá sua nova fase.

Embora negue em público, o presidente cultivou planos de comandar algum órgão relevante da política internacional, como a ONU, o Banco Mundial ou a FAO, agência da ONU para agricultura e alimentação. Os projetos, porém, colidiram com a realidade – Lula não conseguiu apoio suficiente para eles. Em maio, o presidente reuniu-se no Rio de Janeiro com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, para expor sua pretensão. Ouviu que ela era inviável, dado que esses cargos costumam ser ocupados por diplomatas de carreira. Além disso, o alinhamento do Brasil com governos totalitários como os de Cuba, Irã e Venezuela enfraqueceu o presidente junto à comunidade internacional que define quem vai para onde. Ban Ki-moon chegou a oferecer a Lula o comando de uma ação que a ONU desenvolverá para combater o aquecimento global, ao lado da alemã Angela Merkel, mas a proposta não animou o presidente. A negativa de Ban Ki-moon não foi suficiente para que Lula desistisse do seu pleito. Meses mais tarde, ele teve uma conversa com o comandante do Acnur (agência da ONU para refugiados), o ex-primeiro-ministro de Portugal Antônio Guterres, mas o resultado foi igualmente desanimador.
(…)
Leia a íntegra da reportagem na revista

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