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O estado policial petista quebrou outros sigilos além do de Eduardo Jorge

O estado policial petista invadiu outros sigilos fiscais, não apenas o de Eduardo Jorge Caldas Pereira, vice-presidente do PSDB, segundo informam Leandro Colon e Rui Nogueira no Estadão Online. No mesmo dia, no mesmo computador em seqüência, escarafuncharam-se também os dados fiscais de Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregório Marin […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 14h26 - Publicado em 25 ago 2010, 16h47

O estado policial petista invadiu outros sigilos fiscais, não apenas o de Eduardo Jorge Caldas Pereira, vice-presidente do PSDB, segundo informam Leandro Colon e Rui Nogueira no Estadão Online. No mesmo dia, no mesmo computador em seqüência, escarafuncharam-se também os dados fiscais de Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregório Marin Preciado.

Eduardo Jorge foi o quarto na lista. Todos os acessos foram feitos num mesmo computador, por uma única senha, entre 12h27 e 12h43 do dia 8 de outubro do ano passado. Informa o Estadão Online: “O terminal usado foi a da servidora Adeilda Ferreira Leão dos Santos. A senha era de Antonia Aparecida Rodrigues dos Santos Neves Silva. Às 12h27, foi aberta a declaração de renda de 2009 de Mendonça de Barros, ex-ministro das Comunicações do governo de Fernando Henrique Cardoso. Três minutos depois, às 12h30, acessaram os dados do empresário Gregorio Marin Preciado, casado com uma prima de José Serra. Às 12h31, a declaração de Renda de Ricardo Sérgio foi aberta. Ele é ex-diretor do Banco do Brasil no governo FHC. Às 12h43m41s daquele mesmo dia, o mesmo terminal acessou a declaração de renda de 2009 de Eduardo Jorge.”.

A seqüência de “consultas” descarta a possibilidade de que o acesso aos dados de Eduardo Jorge pudesse ter uma motivação específica qualquer, desvinculada da questão política. Era o estado policial petista operando em busca de dados que lhes permitissem armar uma de suas famosas falcatruas. Como está provado, os dados sigilosos de Eduardo Jorge foram parar nas mãos da canalha que faz dossiês. Ricardo Sérgio e Marin não são nem mesmo filiados ao PSDB. Mendonça deixou o governo FHC, imaginem só!, há 12 anos. Não sei se continua filiado ao partido, mas uma coisa é certa: há anos está afastado do dia-a-dia da legenda.

De todos os crimes cometidos pelo petismo no poder, as quebras ilegais de sigilo — ilegais porque não havia ordem judicial nenhuma para fazê-lo — são os mais graves. Agridem direitos constitucionalmente protegidos. Isso significa que membros do partido, atuando como agentes do Estado, abusam de suas prerrogativas para tentar intimidar e chantagear adversários ou supostos adversários. Se agiram dessa maneira com esses quatro, por que não supor que o sigilo de boa parte dos políticos e dos empresários está, neste momento, sendo manipulado por bandidos, que podem, a partir dele, contar a mentira que acharem conveniente? Ou pedir o dinheiro que julgarem necessário?

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Ah, sim: como posso afirmar que se tratava do “estado policial petista operando”? Basta ver aonde foi parar o sigilo fiscal de Eduardo Jorge: nas mãos da turma barra-pesada do PT. Os outros devem ter tido o mesmo destino. Como não encontraram nada que pudesse alimentar a cadeia do denuncismo vigarista e como a tramóia chegou à imprensa, devem ter partido para outra safadeza.

Só para registro: também este crime dos companheiros caminha para a gaveta da impunidade, juntando-se aos aloprados, ao dossiê feito na Casa Civil quando Dilma era ministra, à quebra do sigilo de Francenildo… O que decide punição no Brasil não é cometer ou não cometer o crime, mas ser ou não ser alinhado com o PT.

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