Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Blog
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

O COMEÇO DO FIM – PMDB deixa o governo por aclamação nesta terça

Líderes do PT no Congresso chamam abertamente Michel Temer de golpista; PMDB reage e lembra o que diz o Supremo sobe a normalidade institucional do Brasil

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 23h09 - Publicado em 29 mar 2016, 05h31

Eis a primeira grande obra de Luiz Inácio Lula da Silva, ministro informal da Casa Civil e presidente de facto do Brasil: o PMDB decidiu desembarcar do governo por aclamação na reunião desta terça. Nem haverá o constrangimento de formar uma minoria.

A estratégia foi desenhada por Michel Temer, vice-presidente da República e presidente do PMDB, e por Renan Calheiros (AL), presidente do Senado. Depois que os diretórios de Minas e Rio, que são fortes e tinham um viés governista, cederam ao óbvio, chega ao fim a aliança.

Diante do insucesso da empreitada, restou ao Planalto liberar os petistas para subir o tom contra Temer, que passou a ser chamado abertamente de golpista.

Os ministros do PMDB foram dispensados de comparecer à reunião desta terça. É possível que ganhem um prazo, até a segunda semana de abril, para deixar o posto. Menos Henrique Eduardo Alves, do Turismo, que se antecipou e já entregou o cargo.

Continua após a publicidade

Outros partidos devem seguir a trilha dos peemedebistas. Na verdade, até já se anteciparam. O PSD, de Gilberto Kassab (ministro da Cidades), liberou seus parlamentares para que votem de acordo com a sua consciência. Rogério Rosso (PSD-DF), que preside a comissão especial do impeachment, é listado entre aqueles favoráveis à aceitação da denúncia.

O quadro é tão melancólico para o governo que o ministro Ricardo Berzoini fez uma reunião com líderes da base no Senado. Sabem quantos senadores apareceram? Cinco: três eram do PT, uma do PCdoB e um do PR. E ponto.

Humberto Costa (PT-PE), líder do governo no Senado, resolveu chamar Temer abertamente de golpista. Afirmou que ele será o próximo a ser deposto caso Dilma venha a cair. Até aí, diga o que quiser. Mas foi além: prometeu estar entre aqueles que iriam às ruas contra o sucessor de Dilma. José Guimarães (PT-CE), que exerce a liderança do governo na Câmara, também acusou Temer de estar no comando do golpe.

Continua após a publicidade

O vice reagiu com uma nota, divulgada, na verdade, pelo Diretório Nacional do partido, em que se lê:
“Ministros do STF já esclareceram reiteradamente essa questão: o Brasil vive plena normalidade institucional, e não há nenhum golpe em curso”. E ainda: “O vice-presidente Michel Temer não patrocina nenhuma ação ilegítima e age estritamente dentro da lei”.

No domingo, atuando como ministro informal da Casa Civil, Lula forçou um encontro com Temer, que deixou claro que não havia mais condições de o PMDB permanecer no governo. Mesmo assim, o ex-presidente botou uma gravata com as cores do Brasil e deitou falação para a imprensa internacional, expressando a convicção de que conseguiria atrair pelo menos uma fatia do partido.

Vai chegando ao fim essa ópera bufa do petismo, deixando atrás de si um país com a política em frangalhos e com, para dizer o mínimo, alguns arranhões institucionais.

Continua após a publicidade

Não há saída fácil. O governo Temer vai ter de enfrentar, entre outras dificuldades, a sabotagem dos petistas e de grupelhos de extrema esquerda. Mas é a chance que se abre de pôr um ponto final à loucura que se apoderou de Brasília.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.