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Num país sério, e-mail bastaria para pôr Erenice na rua

Se um e-mailzinho criticando alguma alma pia do PT sai do gabinete de um parlamentar da oposição qualquer, isso logo vira “reportagem”, acusando-se o uso da máquina e do dinheiro público para campanha eleitoral etc. Agora vejam… O e-mail que Israel Guerra, o Ronaldinho de Erenice (a irmã da Euriza, do Euricélio e do Eudacy) […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 14h15 - Publicado em 14 set 2010, 16h47

Se um e-mailzinho criticando alguma alma pia do PT sai do gabinete de um parlamentar da oposição qualquer, isso logo vira “reportagem”, acusando-se o uso da máquina e do dinheiro público para campanha eleitoral etc.

Agora vejam…

O e-mail que Israel Guerra, o Ronaldinho de Erenice (a irmã da Euriza, do Euricélio e do Eudacy) enviou à VEJA em que admite ter recebido, sim, “honorários” por serviços prestados saiu de um computador da Presidência da República.

Não é demais? Justificativa: ele redigiu o texto e enviou para Vinicius Castro, um dos sócios na empresa de lobby, então lotado na Casa Civil, de que a chefe é Erenice! Como Vinicius era citado na reportagem, então tinha de ler, entenderam?

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Erenice também deu aval à resposta. E o que dizia o e-mail supostamente redigido por Israel, avalizado pelo sócio e lido pela Mamãe Gansa?
– sim, Israel recebeu pagamento pelo “trabalho” feito para a MTA;
– como ele próprio, Israel, não teria empresa, então o pagamento foi feito  na conta da empresa que está em nome do irmão;
– sim, ele apresentou Mamãe Gansa para o empresário Fabio Baracat.

Repito:
1-  Segundo a assessoria da Casa Civil, Israel redigiu, Vinicius revisou e Erenice leu, e só por isso o e-mail saiu de computadores da Casa Civil, com a sigla “PR” (Presidência).

2 – Ontem, no entanto, Israel concedeu uma entrevista à Folha dizendo que não! Não recebeu nada! O que ele próprio redigiu, Vinicius revisou e Mamãe Gansa leu já não valia mais. E os sigilos estão aí, eles insistem!

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Vai ver a revista VEJA estava de chicote na mão, obrigando o pobre rapaz a redigir aquelas coisas…

À Folha, agora, ele decidiu lamentar as coisas tristes que acontecem no país. E fala em documentos falsos. Um dos falsos seria aquele que ele redigiu, Vinicius revisou e Mamãe Gansa leu? O rapaz se expressa nestes termos:
“É triste fazer parte de um joguete. A gente está vendo aí essa onda de denuncismo, essa coisa baixa, essa campanha sem propostas, só com acusações, com ilações, com documentos falsos. Enfim, é uma coisa muito triste o que a gente está vivendo hoje no Brasil, com o país se desenvolvendo na forma que vai. Mas a política, alguns veículos [de comunicação] se comportando da forma mais aética possível.”

Como se nota, ele também adota o que chamo de estilo “solecista-condoreiro”. A gente não consegue entender direito o que quer dizer, mas presume que há indignação, entendem?, feito esses doidos que andam sozinhos na rua, a debater sempre com uma multidão… Mas dá para concordar com uma coisa: “É triste!”

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Em país em que a democracia é realmente levada a sério, em que ela é valor do presente, mas preocupada em construir também o futuro, esse e-mail bastaria para botar “Doutora Erenice” na rua. É a evidência do comprometimento da máquina pública com as “atividades” de Israel.

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