Nova Operação da PF mira fundos de pensão de estatais
Operação Greenfield: os empresários Joesley e Wesley Batista (J&F), Walter Torre (WTorre) e Léo Pinheiro (ex-OAS) sofreram condução coercitiva para depor. João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, também é alvo
A Polícia Federal deflagrou hoje pela manhã a Operação Greenfield, que investiga crimes de gestão temerária e fraudulenta em quatro dos maiores fundos de pensão do país: Funcef (dos funcionários da Caixa Econômica Federal), Petros (da Petrobras) Previ (do Banco do Brasil) e Postalis (da Empresa Brasileira de Correios). A operação conta com o auxílio técnico do Ministério Público Federal, da Superintendência Nacional de Previdência Complementar e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Os irmãos Joesley e Wesley Batista, donos da J&F, holding que é proprietária da JBS e da marca Friboi, foram alvos de busca e apreensão e condução coercitiva. A PF fez também buscas na residência o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto em São Paulo, preso há mais de um ano em Curitiba por ser investigado na Operação Lava Jato. Também investigado na Lava Jato, e cumprindo prisão domiciliar, Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, também foi levado para depor sob condução coercitiva. O empresário Walter Torre Junior, fundador e CEO da Construtora WTorre, é mais um dos conduzidos coercitivamente à sede da Polícia Federal em São Paulo.
Ao todo, nesta operação, a Polícia Federal cumpre 127 mandados judiciais de busca e apreensão, condução coercitiva e bloqueio de R$ 8 bilhões em bens de 103 pessoas físicas e jurídicas em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina e Amazonas, além do Distrito Federal. O nome da operação, Greenfield, se refere a um jargão do mercado financeiro que significa investimentos em projetos de empresas que ainda não se realizaram.