Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Blog
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

Na reforma ministerial, Dilma troca seis por meia dúzia

A presidente Dilma Rousseff trocou seis ministros por meia-dúzia. Uns vão, outros ficam, e tudo permanece na mesma. No que diz respeito à crise com o PMDB, nada muda — não por causa da reforma ao menos. O partido conservou os ministérios do Turismo e da Agricultura. O primeiro vai para Vinicius Nobre Lages, hoje […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 04h16 - Publicado em 13 mar 2014, 23h53

A presidente Dilma Rousseff trocou seis ministros por meia-dúzia. Uns vão, outros ficam, e tudo permanece na mesma. No que diz respeito à crise com o PMDB, nada muda — não por causa da reforma ao menos. O partido conservou os ministérios do Turismo e da Agricultura. O primeiro vai para Vinicius Nobre Lages, hoje gerente de assessoria internacional do Sebrae. Assume o lugar de Gastão Vieira. Para a Agricultura, ascende Neri Geller, hoje secretário de Política Agrícola. Ocupará a cadeira de Antônio Andrade. Os que saem eram considerados representantes dos deputados do PMDB; os que entram não contam com a bênção da bancada, que preferiu não se comprometer com a escolha.

O PP, partido que o governo conseguiu cooptar, arrematando parte da bancada, que integrava o blocão, manteve o filé mignon do Ministério das Cidades. Gilberto Occhi, um dos vice-presidentes da CEF, arrume a pasta em lugar de Aguinaldo Ribeiro. Sob o comando das Cidades está o principal programa social do governo Dilma, depois do Bolsa Família: o Minha Casa Minha Vida. É uma área que, hoje em dia, só tem bônus, quase sem ônus. Pouca gente sabe que caberia à pasta responder imediatamente por algumas catástrofes, como a enchente da Região Norte, por exemplo. O ministro só aparece na hora de distribuir as casinhas. Uma beleza! O PP já está no papo.

O Desenvolvimento Agrário não só continua com o PT como não muda nem de tendência: permanece com a Democracia Socialista, uma das correntes de esquerda do partido, que ocupa o aparelho desde 2003, com a chegada de Lula ao poder. Sai Pepe Vargas, volta Miguel Rossetto, que já ocupou a função entre 2003 e 2006. Embora o MST viva aparentemente às turras com o governo — porque quer sempre mais —, na prática, é o movimento que manda na pasta. Não aceitaria que ela fosse entregue para outro grupo.

Para o Ministério da Ciência e Tecnologia, a presidente escolheu Clélio Campolina Diniz, ex-reitor da Universidade de Minas Gerais. Substitui Marco Antônio Raupp. É uma escolha pessoal da presidente, fora das cotas partidárias.

Continua após a publicidade

O caso do Ministério da Pesca e Aquicultura, que já é, em si, uma piada, mergulhou agora nas águas do surrealismo. Quando Marcelo Crivella, do PRB do Rio, assumiu a pasta, no dia 29 de fevereiro de 2012, deu uma declaração muito significativa: afirmou que nunca havia posto uma minhoca no anzol. Crivella vai voltar para o Senado. Sabem quem assume em seu lugar? O seu suplente, que também pertence ao PRB do Rio e à Igreja Universal do Reino de Deus. E o que ele entende de pesca? Deixem-me ver: já foi radialista, apresentador de televisão, presidente da Folha Universal e da gráfica da igreja… Bem, ele também nunca pôs uma minhoca no anzol. Mas tudo bem! Como o ministério não existe, também não precisa de um especialista.

Dilma, em suma, não nomeou ministros. Continuou a cuidar do tempo que terá no horário eleitoral gratuito.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.