Moro condena cúpula da OAS a até 16 anos de prisão; advogado acusa confirmação de prejulgamento e fala em buscar tribunais imparciais
Conforme era dado como líquido e certo, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, condenou a cúpula da empreiteira OAS a penas que chegam a 16 anos de reclusão, casos do José Aldemário Pinheiro Filho (Léo Pinheiro), presidente afastado, e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, que era diretor da área internacional. O juiz […]
Conforme era dado como líquido e certo, o juiz Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, condenou a cúpula da empreiteira OAS a penas que chegam a 16 anos de reclusão, casos do José Aldemário Pinheiro Filho (Léo Pinheiro), presidente afastado, e Agenor Franklin Magalhães Medeiros, que era diretor da área internacional. O juiz os condenou por corrupção ativa, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
Mateus Coutinho de Sá Oliveira, ex-diretor financeiro, e José Ricardo Nogueira Breghirolli, funcionário que seria o contato de Alberto Youssef, pegaram 11 anos por lavagem de dinheiro e organização criminosa. Fernando Augusto Stremel Andrade, executivo, foi condenado a prestar quatro anos de serviços comunitários por lavagem de dinheiro.
Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef também foram condenados nessa ação. Como fizeram acordo de delação premiada, o primeiro cumpre prisão domiciliar, e o outro, reclusão de apenas três anos. Os delatores, claro, não vão recorrer da sentença. Os demais sim — exceção talvez àquele que deve prestar serviços comunitários.
Edward Rocha de Carvalho, um dos advogados de Léo Pinheiro e dos executivos das OAS, deu uma dura declaração à Folha: “A sentença de hoje é só a confirmação do prejulgamento que vigorou durante todo este processo. Agora, vamos começar a discutir a matéria em outros tribunais, que sejam imparciais”.