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Ministro corta privilégio de petralhas no “Minha Casa Minha Vida” e gera gritaria

Bruno Araújo suspendeu portaria contratando a construção de 11.250 unidades, que seriam gerenciadas por aparelhos do PT

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 22h42 - Publicado em 18 Maio 2016, 05h33

Ai, ai… Bruno Araújo (PSDB), ministro das Cidades, acabou caindo numa armadilha preparada por Dilma Rousseff, a afastada. No dia 11, quando seu julgamento já estava em curso e se tinha a certeza de que seria apeada do Palácio, a petista assinou uma portaria contratando a construção de 11.250 unidades do Minha Casa Minha Vida na modalidade “Entidades”.

Que estrovenga é essa? Ora, o governo repassa dinheiro para aparelhos políticos, como o MTST por exemplo, para que estes cuidem da construção das moradias, entenderam? É a forma esquerdista de privatização do Estado.

É claro que considero isso um absurdo. Ademais, é uma forma de institucionalizar o fura-fila no sistema. Quem aceitar se submeter, por exemplo, à, digamos, disciplina do sr. Guilherme Boulos acaba tendo prioridade. É mesmo o fim da picada!

Mais: Dilma assinou a portaria e não disse de onde tiraria o dinheiro. Pra quê? A medida fazia parte do seu pacote de bondades anunciado no ato da CUT e das esquerdas contra o impeachment, realizado no dia 1º de Maio.

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E, ora vejam!, por óbvio, essa tal “Modalidade Entidades” é um exemplo de ineficiência. Informa VEJA.com que, do total de casas contratadas por esse meio na primeira etapa, ainda no governo Lula, mais da metade ainda precisa ser entregue. Da segunda fase, sob o comando de Dilma, apenas 8,9% das moradias foram finalizadas.

Digam aí: vocês esperavam coisa diferente? Eu não! Esses tais “movimentos sociais” costumam ter como prioridade fortalecer os… “movimentos sociais” e o partido ao qual estão ligados. Os pobres e necessitados são apenas um pretexto e a massa de manobra mobilizável.

Do ponto de vista técnico, pois, não tenho a menor dúvida de que Bruno Araújo fez a coisa certa. Mas lhe faltou um pouco de malícia política.

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Ora, qual é a tecla em que insiste o PT desde quando o fantasma do impeachment de Dilma tomou corpo? Os “companheiros” asseguram que a intenção do governo Temer é cortar programas sociais. Araújo não está cortando nada. No máximo, quer rever uma mamata garantida a alguns petralhas. Mas e daí? Essa é a versão que vai prosperar e que está se tornando dominante inclusive na imprensa que se diz “isenta”.

Sim, é preciso que se revejam os privilégios concedidos a essas franjas do petismo que se travestem de “movimentos sociais”. Não é segredo para ninguém que parte dos bilionários recursos da agricultura familiar, por exemplo, vai parar nas mãos do MST, por intermédio de cooperativas. E, como se nota, prática semelhante se dá no programa de moradia. E não duvidem: onde quer que haja um programa social, lá estarão os companheiros prontos para mamar nas tetas oficiais.

Assim, a atitude de Bruno Araújo mereceria só aplausos não tivesse sido ele um tanto ingênuo, acho eu. Ainda que a atitude esteja essencialmente correta, não é hora de tornar verossímil o falso discurso dos golpistas de esquerda, segundo os quais o governo que aí está tem a intenção de acabar com os programas sociais.

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