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Metroviários: Linha Amarela, que é privada, funciona e serve ao público; as linhas azul, vermelha e verde, que são públicas, servem aos interesses privados do PSTU e do PT

A Justiça declarou ilegal a absurda greve dos metroviários de São Paulo. Nem poderia ser diferente! A categoria obteve um reajuste bem acima da inflação — 8,7% contra 5,2% — e teve elevados benefícios indiretos, o que, na prática, majora seus ganhos em mais de 13%. Mais: o sindicato não cumpriu a determinação de manter […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h42 - Publicado em 8 jun 2014, 18h41

A Justiça declarou ilegal a absurda greve dos metroviários de São Paulo. Nem poderia ser diferente! A categoria obteve um reajuste bem acima da inflação — 8,7% contra 5,2% — e teve elevados benefícios indiretos, o que, na prática, majora seus ganhos em mais de 13%. Mais: o sindicato não cumpriu a determinação de manter 100% dos trens funcionando nos horários de pico. Muito bem! Chegou a hora de começar a botar os agitadores na rua, com demissão por justa causa. Acabou a farra! Se os nababos que estão empregados — e recebem quase R$ 1 mil por mês só de vale-refeição e vale-alimentação — não querem trabalhar, há quem queira. No mais, quero chamar a atenção de vocês para uma coisa interessante: a Linha Amarela, que é privada — operando sob concessão do Estado —, está funcionando normalmente e, portanto, está servindo ao público. As linhas azul, vermelha e verde, que são públicas, hoje servem apenas aos interesses dos sindicalistas e, portanto, estão privatizadas.

Entenderam a inversão, que já é um clássico do estatismo? Sim, meus caros leitores; sim, meus caros brasileiros; sim, meus caros paulistanos: no Brasil e em qualquer lugar do mundo, quem serve ao interesse público é a economia privada; a economia estatizada só serve aos interesses privados — e isso é uma verdade absoluta, pouco importa a questão que se analise.

Vocês acham que a soma de sem-vergonhices que vemos lá na Petrobras, cometidas ao longo dos anos, seria possível numa empresa privada? Não! Seus dirigentes não apenas seriam demitidos como jamais arrumariam um novo emprego — se é que não iriam parar na cadeia. Não obstante, a cultura do estatismo — e contra a iniciativa privada — avançou estupidamente nestes 12 anos de petismo. Vejam o tempo que demorou Dilma Rousseff para privatizar aeroportos — boa parte não ficará pronta a tempo para a Copa do Mundo. As estradas federais continuam a ser uma soma de buracos, interrompidos, de vez em quando, por asfalto. Por quê? Porque o governo prefere fazer favores ao capital privado em vez de colocá-lo como agente do desenvolvimento. Mas já me desviei um pouco. Volto ao ponto.

Os sindicalistas do Metrô atuam como se o bem público fosse propriedade privada. Para eles, a empresa existe não para atender aos interesses da população de São Paulo, mas para servir a seus próprios anseios. Não custa lembrar: além do PSTU, que é o partido ao qual pertence Altino Prazeres, presidente do sindicato, também o PT resolveu dar suporte à greve. A CUT, a central sindical petista, emitiu uma nota se solidarizando com os grevistas.

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Para encerrar
A Justiça arbitrou multa de R$ 500 mil por dia caso a greve seja mantida. Infelizmente, a realidade tem demonstrado que esse instrumento tem sido inócuo. Sempre aparece um juiz para conceder uma liminar e suspender o pagamento. Os sindicalistas não estão nem aí. Estão acostumados a operar num país sem lei.

 

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