Metrô se nega a veicular publicidade de livro sobre black blocs. Faz muito bem!
O Metrô se negou a veicular a propaganda do livro “Mascarados: A Verdadeira História dos Adeptos da Tática Black Bloc”, de autoria de Esther Solano e dos jornalistas Bruno Paes Manso e William Novaes. O livro é da Geração Editorial. Fez muito bem! Censura? Não! Em primeiro lugar, um contrato de publicidade envolve duas partes: […]
O Metrô se negou a veicular a propaganda do livro “Mascarados: A Verdadeira História dos Adeptos da Tática Black Bloc”, de autoria de Esther Solano e dos jornalistas Bruno Paes Manso e William Novaes. O livro é da Geração Editorial. Fez muito bem!
Censura? Não! Em primeiro lugar, um contrato de publicidade envolve duas partes: há aquele que quer anunciar e aquele que vai veicular um anúncio. Basta que um não aceite para que o negócio não se faça. Em segundo lugar, o Metrô foi o aparelho público mais atacado por esses bandidos, que, não há por que dourar a pílula, recebem um tratamento adocicado, compassivo e compreensivo dos autores. Aliás, tentar veicular tal anúncio no Metrô, parece-me, não passa de uma provocação. A turma da marquetagem contava justamente com essa recusa. Queria notícia.
Na capa, há uma policial atirando e um black block pulando sobre um carro de polícia de ponta-cabeça. O Metrô é um aparelho público. Alguém dirá: “Mas ele não tem de ser neutro?”. Não em relação às leis. O Estado existe para garantir o seu cumprimento. Espero que o Metrô não recue.