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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Marilena volta a ameaçar o país com a sua vassoura filosófica, tendo, agora, na rabeira, Jean Wyllys, o cara que se elegeu com a “ajuda” de Bolsonaro e Feliciano

Marilena Chaui voltou a pilotar a sua vassoura filosófica em São Paulo, desta feita em companhia do deputado federal reeleito Jean Wyllys, do PSOL do Rio, que saltou dos poucos mais de 13 mil votos em 2010 para 144.770 agora. O ex-BBB contou com a ajuda inestimável, na Câmara, de Jair Bolsonaro (PP-RJ), o primeiro […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 02h52 - Publicado em 13 out 2014, 14h01
Madame Mim - Olhem o vestidinho vermelho da bruxa...

Madame Mim – Olhem o vestidinho vermelho da bruxa…

Marilena Chaui voltou a pilotar a sua vassoura filosófica em São Paulo, desta feita em companhia do deputado federal reeleito Jean Wyllys, do PSOL do Rio, que saltou dos poucos mais de 13 mil votos em 2010 para 144.770 agora. O ex-BBB contou com a ajuda inestimável, na Câmara, de Jair Bolsonaro (PP-RJ), o primeiro colocado entre os federais fluminenses (464.72 votos), e do pastor Marco Feliciano (PSC), que obteve em São Paulo 398.087 votos. Dito de outro modo: Wyllys e seus amigos ainda rendem mais apoios à dupla do que ela a ele, mas a estridência de um lado e de outro é de interesse mútuo. Só um idiota acharia que Wyllys vê os dois como inimigos de verdade. Eles lhe garantem fama, votos e poder. Esse rapaz sabe como se livrar do paredão. Mas volto ao eixo.

Marilena e Wyllys, escoltados pelo senador derrotado Eduardo Suplicy (PT-SP), resolveram neste domingo fazer um ato público, acompanhado por meia dúzia de gatos-pingados, no Largo do Arouche, no Centro de São Paulo, área conhecida pelo tráfico de drogas e pela prostituição gay. O objetivo, leio na Folha, era mobilizar as pessoas ligadas à causa LGBT e os ditos “progressistas” — sempre quis saber o que é isso — em defesa da candidatura da petista Dilma Rousseff. Cada um defenda quem e o que quiser. É do jogo democrático. Meu comentário aqui não tem caráter partidário ou eleitoreiro. O ponto é outro.

De microfone em punho, Marilena — que se tornou notória e notável por ter dito, num encontro do PCdoB, que odeia a classe média, o que levou Lula, que estava presente, à gargalhada — pregou uma campanha “pessoa a pessoa” com o objetivo de combater “a viagem na maionese da desinformação”. Deixem-me ver se entendi: para a petista professora — que filósofa não é —, só é informado quem vota na sua candidata. E, claro!, não haverá colunista vigarista nenhum a criticá-la por isso.

Ela foi mais longe. Afirmou, segundo leio no jornal, que “não há nesse país pessoa com autoridade política ou autoridade ética para falar de combate à corrupção a não ser Dilma Rousseff”. Uau! Entendemos, assim, que Dilma está até mesmo acima das leis e das instituições. A mulher que anuncia o combate à desinformação ainda acrescentou: “Não se joga nada debaixo do tapete. É por isso que se mostra tanta corrupção. É por isso. É por uma decisão da presidente”. Errado, dona Marilena! Dilma não tomou a decisão de investigar a roubalheira na Petrobras. Foi a Polícia Federal, que é um órgão do estado, não da Presidência ou de um partido político. A professora, como de hábito, não sabe o que diz e dá uma aula porca de democracia.

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Nem Wyllys nem Marilena tocaram no assalto organizado à maior estatal brasileira. Ela ainda vociferou, perguntando por que não existe ninguém punido pelo mensalão mineiro. Porque o processo começou bem depois, minha senhora! De resto, se Marilena tivesse um pingo de vergonha, digamos, filosófica, não compararia as duas coisas, que são bem distintas. Aquela que já foi considerada uma grande pensadora — eu nunca achei, é evidente! — termina seus dias fazendo terrorismo em praça pública para meia dúzia de pessoas. Afirmou que o candidato tucano quer flexibilizar a CLT — o que é mentira — e transformar direitos sociais em serviços privados — acusação igualmente mentirosa.

E Jean Wyllys? Bem, em meio às mentiras de Marilena, discursou: “Vamos fazer isso [campanha de Dilma] sem apelar para o ódio, sem apelar para a mentira […] Vamos agir com honestidade, com clareza, com discernimento”. Ah, bom!

A Folha informa que Wyllys, em seguida, voltou ao pequeno palco para cantar com Suplicy “Blowin’ In The Wind”, de Bob Dylan. Depois de 24 anos, São Paulo decidiu aposentar o senador cantor. O tucano José Serra o venceu na disputa pela única vaga para o Senado por 11.105.874 a 6.176.499 — uma diferença de 80%. Vai ver Marilena acha que são todos… desinformados que viajam na maionese!!!

O fanatismo é o naufrágio da inteligência. Quanto a Wyllys e ao PSOL, dizer o quê? É só um PT com complexo de nanico altivo. Nem na moral se distinguem, como já provaram as deputadas Janira Rocha e Inês Pandeló, que se encrencaram com a Justiça.

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Pregações dessa natureza, se querem saber, pretendem corromper o povo. Sabem por quê? Pedem que ele ignore as evidências de lambança e malversação dos recursos públicos em nome de supostos avanços sociais. Eu desafio dona Marilena Chaui a me provar por que é preciso roubar a Petrobras para conceder Bolsa Família, ProUni ou programa de moradia. Sem roubo, não sobra mais dinheiro para os pobres, professora? Aguardo a resposta da valente!

Este comentário, não adianta virem me patrulhar, nada tem a ver com partidos, ideologias ou escolhas eleitorais. Trata-se apenas de uma questão lógica.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=xLn6QGW-RQ0%5D

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