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Marcelo Freixo é o Donald Trump do miolo ainda mais mole… Ou: O preconceito antievangélico mostra a sua cara torpe

Candidato derrotado do PSOL diz que só aceita o veredito das urnas se Crivella adotar o programa que foi derrotado pelo eleitorado

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 21h26 - Publicado em 1 nov 2016, 03h49

Marcelo Freixo, o candidato derrotado do PSOL à Prefeitura do Rio, é o Donald Trump cujos miolos foram um tanto amolecidos pelo sol dos trópicos. Autoritário, ele também é. Só que socialista…

O derrotado concedeu uma entrevista meio furibunda para falar de sua… derrota. Entendi que ele só vai reconhecer o resultado caso o seu adversário, que venceu, adote o programa que foi descartado nas urnas — afinal, este notável pensador da democracia deixou claro que a sua proposta de governo, embora perdedora, é a verdadeiramente legítima. É espantoso!

E não menos absurda é a tese de que foi a Igreja Universal que elegeu Marcelo Crivella, do PRB. Ora, trata-se só de preconceito contra os evangélicos. Um preconceito que, na verdade, tirou votos de Crivella. Assim, o seu vínculo com a religião mais o prejudicou do que ajudou. Explico o que quero dizer.

Já lembrei aqui que Eduardo Paes venceu a eleição no Rio, em 2012, no primeiro turno, com 2.097.733. Quase todos os ditos conservadores estavam com ele, além de PCdoB e PT. Marcelo Freixo, do PSOL, ficou em segundo lugar, com 914.082.

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Desta feita, os candidatos centristas e conservadores se dividiram. Todos estes partidos estavam com Paes e tiveram candidatos em 2016:
PRB: 27,78%
PSC: 14%
PMDB: 16,12%
PSD: 8,89%

Só aí, temos 66,79% dos votos. Ou por outra: essa gente não queria Marcelo Freixo. Quando este vai para o segundo turno com Crivella, o natural é que boa parte do eleitorado migrasse para o nome do PRB, ora essa! Queriam o quê?

Lamento, mas não foi a Universal que elegeu Crivella; foi a população do Rio. Não foi o eventual elemento religioso de sua candidatura que decidiu a sorte da Prefeitura, mas o fato de que a esmagadora maioria do eleitorado deixou claro que não queria um candidato de esquerda.

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A verdade é que, em vez de ajudar a eleger Crivella, a Universal até atrapalhou na reta final. A campanha contra a igreja foi violenta. Tanto Freixo como a imprensa bateram nessa tecla, tentando forçar quase o candidato a uma abjuração.

É a lógica elementar que evidencia que o “medo da Universal” acabou contribuindo para que muitos eleitores deixassem de comparecer às urnas (26,85%) ou, então, votassem em branco ou anulassem.

Assim, a Universal não elegeu Crivella. Quem o fez foi o eleitor do Rio.

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