Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Blog
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

MAIS SOBRE O PLANO NACIONAL DE BANDALHEIRA LARGA

O governo mobilizou a AGU e sua rede de subjornalistas da Internet para tentar tapar o sol com a peneira. Está difícil. O próprio sócio do governo na Eletronet contesta a versão oficial. Eis aí o Plano Nacional de Bandalheira larga. Leiam trechos de reportagens da Folha: Por Márcio Aith e Julio Wiziack: Ao contrário do […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 15h51 - Publicado em 25 fev 2010, 06h07

O governo mobilizou a AGU e sua rede de subjornalistas da Internet para tentar tapar o sol com a peneira. Está difícil. O próprio sócio do governo na Eletronet contesta a versão oficial. Eis aí o Plano Nacional de Bandalheira larga. Leiam trechos de reportagens da Folha:

Por Márcio Aith e Julio Wiziack:
Ao contrário do que afirma o governo, o empresário Nelson dos Santos, sócio de 25% da Eletronet, diz ter direito a receber um valor que pode passar de R$ 200 milhões independentemente de a companhia ser ou não incorporada à Telebrás, estatal de telecomunicações que deverá ser reativada com o PNBL (Plano Nacional de Banda Larga).
A Eletronet é uma empresa em processo de falência que a União planeja recuperar para usar seu principal ativo -uma rede de 16 mil quilômetros de fibras ópticas- na oferta de internet a 68% dos domicílios até 2014.
Como revelou a Folha na terça-feira, o ex-ministro José Dirceu recebeu ao menos R$ 620 mil para dar consultoria a Santos. Dirceu nega que tenha sido sobre banda larga.
O governo, por meio da AGU (Advocacia-Geral da União), disse que, independentemente de a Eletronet ser usada como “espinha dorsal” do PNBL, os únicos beneficiados serão os credores. Nenhum outro grupo empresarial privado ou sócios seriam favorecidos, diz a AGU.
Não é o que acredita Santos. O empresário diz que a autofalência da Eletronet não é culpa dos sócios privados. “O pedido de autofalência foi feito pela Lightpar [que representa o governo na empresa] e não pela AES [sócia majoritária na época]”, disse Santos à Folha antes da publicação da reportagem. Procurado ontem, Santos não quis se pronunciar.
“A utilização da rede compartilhada entre o governo e as empresas privadas foi o objetivo inicial quando da privatização [da Eletronet] e só foi interrompida devido ao pedido de autofalência pela Lightpar”, disse Santos. “A rede, mesmo após a falência, nunca deixou de funcionar, em regime de continuidade de negócios, tendo sido permanente a manutenção da estrutura física.”
Por isso, ainda segundo ele, quem deveria negociar com os credores são as empresas estatais que inviabilizaram o funcionamento da Eletronet.
O governo depositou em caução R$ 270 milhões em garantia pelas fibras. Por isso, a Justiça concedeu a transferência por meio de uma liminar. Em janeiro, os credores entraram com uma petição para cassar a liminar, alegando não terem recebido o pagamento. Sem resolver essa disputa, o governo não poderia lançar o PNBL.
Agora, o governo sinaliza que não precisará mais da Eletronet, já que as fibras foram transferidas. Mas, segundo os advogados envolvidos no processo, no estatuto da Eletronet está definido que ela será a única gestora da rede por mais 11 anos. Caso o governo mude de ideia, os sócios privados terão de ser indenizados, incluindo Nelson dos Santos.
Aqui

OAB
A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) reforçou o coro da oposição ontem pedindo explicações do governo no caso. Segundo o presidente da OAB, o governo Lula precisa dar explicações sobre a ligação de Dirceu com a reativação da Telebrás.

“O governo Lula não pode ficar com essa pecha, essa acusação de tráfico de influência de um seu ex-ministro, e precisa dar uma explicação à sociedade brasileira neste momento”, afirmou o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, de acordo com nota distribuída pela entidade.
(…)
O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) também criticou o ex-ministro. “O Zé Dirceu, que é meu amigo, tem que assumir uma posição de mais recato, de mais discrição, da que tem assumido atualmente.”

Continua após a publicidade

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) fez um pedido para que o Ministério da Fazenda e a CVM (Comissão de Valores Imobiliários) investiguem a valorização das ações da Telebrás, de 35.000% desde dezembro de 2002. A pasta tem 30 dias para dar as informações.

Os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e José Agripino (RN), líder do DEM, criticaram o envolvimento de Dirceu. Já o líder do governo na Casa, Romero Jucá (PMDB-RR), rebateu que “o governo já prestou todas as informações, não há irregularidade e a prioridade é levar a banda larga para todas as regiões do Brasil”.
Aqui

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.