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Lula e Palocci: dois nomes de destaque em petições ainda secretas

Ex-presidente e ex-ministro aparecem citados em operações que dizem respeito a Cuba, Angola, El Salvador...

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 19 abr 2017, 11h32 - Publicado em 19 abr 2017, 08h25

Pois é… Há 25 petições feitas pela Procuradoria-Geral da República que, por solicitação da própria e decisão de Edson Fachin, relator do petrolão no Supremo, estão ainda sob sigilo. Sua divulgação atrapalharia as investigações. Ah, sim: por consequência, depoimentos ou trechos de depoimentos que digam respeito a esses casos também não foram divulgados.

Reportagem do Estadão informa ter tido acesso com exclusividade às petições, feitas com base nas delações de diretores e ex-diretores da Odebrecht. A maior parte dos casos diz respeito a operações no exterior.

Vejam vocês… Fui dos poucos — único, creio, na grande imprensa — a dar destaque, durante muitos anos, ao famigerado Foro de São Paulo, que reúne os partidos de esquerda da América Latina e Caribe. Mal sabíamos nós que, a ser verdade o que vai nas petições, era a Odebrecht a financiar parte considerável daquele foro de esquerda. Sim, claro!, isso é uma espécie de piada. Mas com raízes na seriedade.

Segundo o Estadão, Lula e Antonio Palocci são membros de destaque nessa leva ainda sigilosa. O ex-presidente teria sido fundamental na construção do porto de Mariel, em Cuba, levada a efeito pela Odebrecht, com farto financiamento do BNDES. O petista Fernando Pimentel, governador de Minas, também teria sido peça-chave na coisa. Mais: por influência do chefão petista, a Exergia, empresa de Taiguara Rodrigues (sobrinho da primeira mulher de Lula), teria sido contratada pela construtora em Angola.

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E Palocci, quem diria?, fez pedidos para financiar as respectivas campanhas eleitorais de Mauricio Funes, em El Salvador, e Ollanta Humala, no Peru. No primeiro caso, um pagamento de R$ 5,3 milhões foi feito a João Santana, marqueteiro de Funes. No outro, US$ 3 milhões, a pedido do ex-ministro, foram endereçados ao peruano. Os dois venceram as respectivas disputas.

Nota à margem: acusado de várias fraudes em seu país, Funes fugiu para a Nicarágua e diz que perseguição é política. Humala, eleito pela esquerda, fez um governo de centro, distante do chavismo. Entregou o poder a um sucessor de oposição, sem resistência ou tentativa de fraude. Adiante.

Que coisa, né? O sonho de Lula de ver toda a América Latina governada por membros do Foro até que avançou bastante. E, como se nota, com dinheiro repassado pela Odebrecht, a gigante do capitalismo à brasileira.

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E há ainda, no lote sob sigilo, supostas lambanças praticadas aqui dentro mesmo, por nativos. Estão na lista o senador Edison Lobão (PMDB-MA), o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB) e o ex-ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB).

E, sim, lá está Belo Monte. Seis delatores do grupo apontaram lambanças na dita-cuja.

Essa novela não acaba tão cedo.

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