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Laboratório de doleiro importava joias e bebidas em vez de remédios

Na VEJA.com: O laboratório Labogen, empresa de fachada controlada pelo doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal durante a Operação Java-Jato, viveu um período de bonança assim que ele assumiu a empresa, em 2009. Documentos revelados por investigadores da PF mostram que a empresa importou caixas de vinhos, coleções de joias italianas, instrumentos musicais e […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h55 - Publicado em 5 Maio 2014, 13h17

Na VEJA.com:

O laboratório Labogen, empresa de fachada controlada pelo doleiro Alberto Youssef, preso pela Polícia Federal durante a Operação Java-Jato, viveu um período de bonança assim que ele assumiu a empresa, em 2009. Documentos revelados por investigadores da PF mostram que a empresa importou caixas de vinhos, coleções de joias italianas, instrumentos musicais e tecnológicos vindos da Holanda e até rolos de seda chinesa, segundo informa o jornal O Estado de S.Paulo na edição desta segunda-feira. Todos os bens eram trazidos para o Brasil disfarçados com notas de medicamentos e insumos farmacêuticos. Youssef é considerado o maior alvo da PF na Operação.

As faturas de operações protagonizadas e mantidas pelo Labogen com outros países exibe a quantidade de bem adquiridos, valor pago pelos produtos, forma de transporte e prazo de entrega. As importações contam como medicamentes nas notas fiscais e registros alfandegários. Mas os dados são falsos. O Labogen era usado como meio e os produtos eram, na verdade, bebidas finas e produtos importados a pedido de clientes de Youssef que usavam a empresa para não pagar impostos ou lavar o dinheiro no exterior.

As faturas retratavam compras ou pagamentos realizados pelos clientes do doleiro. Os investigadores constataram que eram inseridos dados falsos sobre medicamentos para que o Banco Central registrasse operações “legais” do Labogen. A PF vai rastrear os empresários estabelecidos no Brasil que usaram serviços de Youssef. Clientes do doleiro compravam vinho, por exemplo, de uma empresa na Europa. O valor da compra, em reais, era entregue a Youssef, que falsificava as faturas em nome do laboratório como se estivesse fechando importação de remédios daquela vinícola. Não havia compra de insumos, mas o pagamento da compra de vinhos.

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Quilos e quilos do remédio foram “importados” sucessivamente dando a falsa impressão de que o laboratório de Youssef operava a todo vapor. A PF descobriu que as faturas, com falsificações grosseiras, eram emitidas em nome de fornecedores que não têm nenhuma atuação no setor farmacêutico.

Em 5 de janeiro de 2011, o laboratório do doleiro “importou” 14 quilos do princípio lipistatina, usado para combater doenças no pâncreas, por 24.000 euros da Contarini Vini e Spumanti, em Vazzola, Itália. Entre 9 e 15 de fevereiro de 2011, o Labogen fechou onze novas “importações” do remédio da Coar Catene por 103.000 euros. A empresa, com sede em Arezzo, também na Itália, atua na manufatura de colares e pulseiras de ouro e prata.

Além de usar o Labogen para tentar se infiltrar em órgãos públicos, como o Ministério da Saúde, Youssef executou centenas de transações ilícitas para atender encomendas de executivos brasileiros, conforme demonstram as faturas. Documentação de posse dos investigadores revela que o Labogen foi usado por Youssef para por em prática ousado esquema de fraudes no câmbio paralelo de dólar e euros a partir de importações fictícias de insumos farmacêuticos.

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