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JOAQUIM BARBOSA DESMORALIZOU O SUPREMO E É RETRATO E PROTAGONISTA DE UMA CRISE GRAVE

A canalha dos tontons-maCUTs está alvoroçada. Toma o ministro do Supremo Joaquim Barbosa como seu herói. Ele fez por merecer ser tomado como porta-voz, malgrado suas intenções, de um movimento organizado para desmoralizar o Supremo e seu presidente, Gilmar Mendes. Barbosa atacou, nesta quarta, seu colega de tribunal com uma virulência e uma estupidez inéditas […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 17h46 - Publicado em 22 abr 2009, 22h49
A canalha dos tontons-maCUTs está alvoroçada. Toma o ministro do Supremo Joaquim Barbosa como seu herói. Ele fez por merecer ser tomado como porta-voz, malgrado suas intenções, de um movimento organizado para desmoralizar o Supremo e seu presidente, Gilmar Mendes. Barbosa atacou, nesta quarta, seu colega de tribunal com uma virulência e uma estupidez inéditas na história da Casa. Nota: um dos filmes no Youtube está obviamente contaminado pela politicalha.

Joaquim Barbosa tem o péssimo hábito de dar pito nos seus pares. Por alguma razão não explícita nem explicitada, acredita ter licença especial para se comportar como se estivesse, sei lá, num debate de centro acadêmico, numa assembléia, num boteco, na beira do tanque. Qualquer lugar em que as pessoas podem bater boca à vontade e fazer acusações irresponsáveis, sem que precisem provar nada. Ademais, age como se tivesse um saber jurídico superior a de seus pares. E ele não tem. Não tem mesmo!!!

Por que tudo começou?

O tribunal estava analisando recursos em que se debatia se decisões sobre benefícios da Previdência do Paraná e sobre foro privilegiado tinham ou não efeito retroativo. Questões puramente técnicas. Essas decisões haviam sido tomadas na ausência de Barbosa, que estava de licença. Desconhecendo, pois, o assunto, ele afirmou que a tese de Mendes deveria ter sido exposta “em pratos limpos”. Compensava com agressividade a falta de informação.

O presidente do Supremo respondeu: “Ela foi exposta em pratos limpos. Eu não sonego informações. Vossa Excelência me respeite”. E observou que o colega faltara à sessão em que o recurso começara a ser decidido. Barbosa continuou a dar pito em todo mundo. Mendes respondeu que ele não tinha condições de dar lição de moral a ninguém

Joaquim Barbosa, então, não teve dúvida. Afirmou que Gilmar Mendes está “destruindo” o Judiciário brasileiro”, convidou-o a sair “às ruas” e afirmou que o presidente do Supremo não estava falando com seus “capangas no Mato Grosso”.

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Vamos ver:
– Mendes está empenhado, ao contrário do que diz Barbosa, em preservar o Estado de Direito da ação de aventureiros que acreditam que podem fazer justiça com as próprias mãos ou com a própria toga.

– Ministro do Supremo que “ouve as ruas” deve dirigir táxi, não ter assento na máxima corte da Justiça brasileira. Um ministro do Supremo deve ouvir apenas a lei e o que está nos autos. Quem “ouve as ruas” é a política. Se um ministro do Supremo faz isso, adere ao populismo vagabundo.

– Joaquim Barbosa está obrigado a provar, como ministro do Supremo, que seu colega tem “capangas”. Se Mendes tem capangas e Barbosa tem as provas, então está prevaricando. Sua função o obriga a agir legalmente, não a fazer acusações irresponsáveis.

Noto, ademais, que essa acusação de Joaquim Barbosa é nota corrente em setores do subjornalismo a soldo de um projeto político, ligados a um partido. Joaquim Barbosa fez-se porta-voz dessa turma, a escória da imprensa e da política brasileiras.

É o primeiro espetáculo que este senhor protagoniza? Não! De memória, lembro de agressões verbais, em termos obviamente inaceitáveis, contra Marco Aurélio de Mello, Eros Grau, Maurício Corrêa (ex-ministro) e, claro, contra o próprio Mendes.

O relator do mensalão
Joaquim Barbosa ganhou projeção como relator do processo sobre o mensalão. Fez ali a coisa certa, de acordo, diga-se, com o que ia nos autos. Ter acertado nesse caso, no entanto, não lhe confere licença para agir ao arrepio das regras e do decoro. E também da lei.

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Com o bate-boca protagonizado por este senhor nesta quarta, também o Supremo atinge o ponto mais baixo, creio, de sua história. No post seguinte, transcrevo o bate-boca. Não confiem em versões editadas que andam por aí, em que a agressividade de Barbosa parece mitigada, restando apenas seu suposto heroísmo.

Heroísmo nada!

Joaquim Barbosa agrediu uma instituição chamada Supremo Tribunal Federal.

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