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Horda de fascistoides de esquerda impedem um simples debate na UERJ. Cadê os “progressistas” da Zona Sul para protestar?

Consta que um humorista, no Rio de Janeiro, foi verbalmente molestado porque declarou seu apoio à presidenciável Dilma Rousseff. Ele próprio anunciou isso numa coluna de jornal e, claro!, recebeu a solidariedade de muita gente, inclusive de molestadores profissionais da liberdade alheia. A minha coluna de hoje na Folha traz dois trechos que faço questão […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 02h50 - Publicado em 17 out 2014, 17h02

Consta que um humorista, no Rio de Janeiro, foi verbalmente molestado porque declarou seu apoio à presidenciável Dilma Rousseff. Ele próprio anunciou isso numa coluna de jornal e, claro!, recebeu a solidariedade de muita gente, inclusive de molestadores profissionais da liberdade alheia. A minha coluna de hoje na Folha traz dois trechos que faço questão de destacar aqui:
O primeiro – “A democracia permite que a gente seja intolerante e resolva as pendengas no braço? Não, a democracia não permite isso, e, se é assim que você pretende agir, o seu regime é outro, e eu não tenho nada a lhe dizer, e você não tem por que perder seu tempo comigo. Se é assim que você pensa, vá se catar”.
O segundo – “Seja livre e feliz e mande à merda os que se pretendem donos do seu voto. A democracia permite.”

Isso é o que eu penso dos que pretendem impedir os outros de expressar livremente a sua opinião. Ocorre que, no Brasil, quando um idiota qualquer molesta uma celebridade de esquerda, o assunto logo vira notícia, se espalha nas redes, é tratado como crime de lesa-pátria. Mesmo um episódio isolado se transforma em assunto da maior gravidade. Quando, no entanto, hordas de extremistas de esquerda se impõem na base do berro, da truculência, da força física, da porrada, aí o que se tem é silêncio covarde. Afinal, eles são de esquerda… Afinal, eles querem mudar o mundo.

Na terça-feira, haveria na UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro — um debate sobre o livro “Donos do Morro – Uma avaliação provisória do impacto da UPP”, de autoria de Doriam Borges, Eduardo Ribeiro e Ignacio Cano. Atenção: esse trio de estudiosos da área está muito longe de integrar um grupo de pessoas conservadoras ou com ideias de direita. Ainda que assim fosse, deveriam ter assegurado o seu direito de falar. Mas quê…

Um grupo de ditos estudantes, liderados pelos capitães de mato do Centro Acadêmico da Faculdade de História, invadiu o local do debate com megafones e, aos berros, impediu a realização do encontro. Por quê? É que a mesa tinha uma formação plural: acadêmicos, lideranças comunitárias, policiais etc. Havia, prestem atenção, pessoas favoráveis e contrárias às UPPs.

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Ocorre que os arruaceiros comuno-fascistoides são contrários às UPPs e não queriam que policiais fizessem parte da mesa. Não pensem que essa ocorrência foi única. Não pensem que é só na UERJ que verdadeiras milícias impedem o debate; não pensem que é só ali que minorias truculentas de esquerda e extrema esquerda decidem o que pode e o que não pode ser debatido. Assim é em quase todas as universidades públicas brasileiras.

Essa gente não quer democracia, mas ditadura. Atenção! Pessoas que molestam os outros por causa de suas escolhas, quaisquer que sejam — e desde que estejam afinadas com os fundamentos das liberdades públicas e individuais —, são delinquentes, não importa se de direita ou de esquerda. O que eu lamento profundamente é que, especialmente depois das chamadas “jornadas de junho” — até hoje tratadas com incrível estupidez pela imprensa e pelos acadêmicos —, a intolerância das esquerdas tenha se tornado uma rotina e passado a ser admitida como coisa normal.

E lamento mais ainda que amplos setores da imprensa, em razão de escolhas ideológicas, magnifiquem a ocorrência esporádica e minimizem o que já se tornou uma regra: minorias fascistoides hoje se impõem nas universidades públicas e em espaços públicos em geral do modo como traficantes e milícias se impõem nos morros no Rio e nas periferias das grandes cidades. E tudo isso sob o silêncio cúmplice, quando não o incentivo velado, de celebridades que reclamam quando alguém censura seu voto na rua.

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