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HORA DO RIDÍCULO – Homem da bomba atômica e professor do direito-bomba pedem o impeachment de Gilmar Mendes

Ex-ministro de Lula e outros esquerdistas querem o impeachment do ministro. Seria cômico se não fosse... cômico!

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 21h51 - Publicado em 14 set 2016, 03h48

Ai, ai…

O senso de ridículo, a exemplo de seu primo-irmão, o bom senso, não é dessas coisas muito bem distribuídas no mundo, não. Acreditem: um conluio de esquerdistas, todas viúvas do poder petista, resolveu entrar com duas denúncias no Senado, por crime de responsabilidade, contra o ministro Gilmar Mendes. Qual é a falha cometida pelo ministro? Eles nem se ocupam em esconder: acusam-no, na prática, de não gostar do PT. Sendo assim, por que não condená-lo?

Um dos pedidos é de Roberto Amaral, ex-ministro da Ciência e Tecnologia do primeiro governo Lula, em 2003 e 2004. Fez-se notório por defender que o Brasil desenvolvesse a bomba atômica. Talvez confundisse os próprios borborigmos com enriquecimento de urânio… Por aí se percebe o gênio da raça. É membro do PSB e presidiu o partido entre 2009 e 2014.

O outro pedido é assinado por ditos “juristas”. Os mais, digamos assim, destacados são Cláudio Fontelles, procurador-geral da República dos dois primeiros anos da gestão Lula — evidentemente, ele não viu nada a ser investigado naquele convento de freiras dos pés descalços. É egresso da Universidade de Brasília, onde pontifica seus absurdos outro signatário: o professor Marcelo Neves.

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Esse é do balacobaco. É uma das sumidades do chamado “Direito Achado na Rua”, uma corrente que se quer partidária de um novo direito, que olha mais para as pessoas, sabem?, do que para as leis. Que lindo! Mas para quais pessoas? Ora, aquelas que são de esquerda e pertencem aos chamados movimentos sociais. Para o Direito Achado na Rua, não importa o que vai nos códigos legais. Isso tudo seria fruto da sociedade reacionária, coisa de “catedráulicos”, alcunha que Roberto Lyra Filho (1926-1986), o guru do movimento, aplicava aos mestres da área. Nessa perspectiva, a função do direito é fazer a revolução social.

Ah, sim: Neves fez parte do grupo de “juristas” que assinou um manifesto contra o impeachment de Dilma. Entenderam?

Do que mesmo eles acusam Mendes? O próprio Amaral responde, sem medo de ser ridículo: “A acusação fundamental é de partidarismo. Ele (Mendes) alia-se a interesses de um partido. Trabalha com parcialidade. A Constituição exige imparcialidade e isenção, ele não tem nenhum dos dois”. Ou por outra: acusam o ministro de perseguir o PT e proteger o PSDB.

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É claro que seria possível listar aqui dezenas de votos de Mendes que evidenciam a falsidade da afirmação. Mas não vale a pena ceder ao expediente. A acusação é apenas ridícula. Bem, vocês não esperavam que esses valentes entrassem com uma denúncia contra Ricardo Lewandowski por ele ter fatiado a Constituição, certo? Afinal, aquela foi uma decisão que beneficiou uma petista. E isso, para os companheiros, merece aplauso em vez de impeachment.

Isso é só pirraça. Trata-se de uma reação ao pedido de impeachment de Ricardo Lewandowski, protocolado pelo Movimento Brasil Livre, acusando-o, e é fato, de ter desrespeitado o Parágrafo Único do Artigo 52 da Constituição e o Artigo 39 da Lei 1.079. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) mandou arquivar e fará o mesmo agora.

Mas nada de igualar as coisas: entendo que há razões para denunciar Lewandowski, e nada existe contra Gilmar Mendes.

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Isso é só coisa de esquerdista inconformado com a democracia.

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