Hora de pegar a vassoura de volta, Dilma: o Dnit e a ONG do general que a presidente escolheu para moralizar o departamento…
Xiii… Reportagem da VEJA, como vocês se lembram, deu origem à reestruturação do Ministério dos Transportes, que resultou na demissão do então ministro, o agora senador Alfredo Nascimento (PR-AM), e de pelo menos 25 funcionários do Dnit, o notório Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Muito bem! A presidente Dilma Rousseff pôs um general para […]
Xiii…
Reportagem da VEJA, como vocês se lembram, deu origem à reestruturação do Ministério dos Transportes, que resultou na demissão do então ministro, o agora senador Alfredo Nascimento (PR-AM), e de pelo menos 25 funcionários do Dnit, o notório Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Muito bem! A presidente Dilma Rousseff pôs um general para tomar conta do polêmico departamento: Jorge Fraxe, ex-diretor de Obras do Exército.
Hugo Marques informa na VEJA desta semana que, quando ainda atuava só no Exército, o general mobilizou ambientalistas para criar uma ONG que se especializaria em obras públicas: o Inda (Instituo Nacional de Desenvolvimento Ambiental). Um dos diretores da ONG era o engenheiro Mardel Moraes. Leiam íntegra de reportagem na revista. Segue um trecho da entrevista que Moraes concedeu a VEJA:
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O engenheiro Mardel Morais dirigiu o Instituto Nacional de Desenvolvimento Ambiental (Inda) desde sua fundação. Segundo de, o general Jorge Fraxe ajudou a montara entidade; escolheu a diretoria e iniciou as tratativas para a assinatura de um convênio no valor de 6 milhões de reais com o Ministério dos Transportes. Para receber os recursos, o Inda pagaria 300.000 reais de propina a funcionários do Dnit. O negócio só não prosperou porque explodiu o escândalo de corrupção no ministério – que alçou o general ao posto de comandante do Dnit. A funcionária que teria cobrado propina agora é uma de suas principais auxiliares.
O atual diretor do Dnit sabia do pedido de propina?
Sabia. Entreguei um dossiê nas mãos dele com todos os detalhes. Falei com ele longamente sobre a história do “pedágio”. Ele ouviu a história e, depois, leu os papéis que eu lhe mostrei. Passado algum tempo, ele me ligou e disse que não poderia fazer nada porque não tinha nenhum vínculo com a entidade.
E isso é verdade?
A idéia de criar a Oscip (uma modalidade de ONG) foi dele, do general. Trabalhamos juntos num projeto ambiental de uma obra que estava sob a responsabilidade do Exército. Ele disse que havia gostado do meu trabalho, que queria criar uma instituição séria, e me chamou para participar, junto com outras pessoas ligadas a ele. O general me disse também que assumiria a presidência da entidade depois de deixar o Exército. Enquanto isso, o Joarez Moreira [assessor de tecnologia do Exército Joarez Moreira Filho, que trabalhava diretamente com o general], que o assessorava, ficaria informalmente responsável por ela. A ONG é do general.
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Leiam a íntegra da reportagem na edição impressa da revista.