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HISTÓRICO – O dia em que Lula não satanizou FHC!

Leiam o que informa Leonêncio Nossa, no Estadão Online. Volto em seguida: O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um discurso atípico, disse reconhecer que antecessores não tiveram as mesmas condições que ele ao assumir o comando do País. “Eu tenho consciência que outros presidentes da República não tiveram as mesmas condições que eu”, […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h29 - Publicado em 30 nov 2010, 19h43

Leiam o que informa Leonêncio Nossa, no Estadão Online. Volto em seguida:
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em um discurso atípico, disse reconhecer que antecessores não tiveram as mesmas condições que ele ao assumir o comando do País. “Eu tenho consciência que outros presidentes da República não tiveram as mesmas condições que eu”, afirmou. “O presidente Sarney pegou o Brasil em época de crise. O Fernando Henrique Cardoso, mesmo se quisesse fazer, não poderia, pois o Brasil estava atolado numa dívida com o FMI. Quando você deve, tem até medo de abrir a porta e o cobrador te pegar”, afirmou o atual presidente.

As declarações de Lula foram feitas em um discurso de improviso durante visita ao canteiro de obras da usina hidrelétrica de Estreito, na divisa do Maranhão com Tocantins. Ainda em tom de humildade, o presidente observou que a inauguração da obra ficará mesmo para o governo de Dilma Rousseff. “É a Dilma que virá inaugurar, mas eu tinha que vir para fechar a comporta, pelo menos”, declarou o presidente.

Lula disse que precisou desmarcar três visitas à obra por causa de problemas nas áreas ambiental e social. Comunidades ribeirinhas denunciam que estão sendo prejudicadas pela construção da usina. O Presidente afirmou que recentemente foi firmado um acordo entre o consórcio Estreito Energia, construtor do projeto, com o movimento de atingidos pelas barragens. Pelo acordo, a empresa se responsabilizará por garantir a realocação das famílias e criar condições para que os pescadores continuem suas atividades. “Eu não queria violência com qualquer pessoa”, declarou Lula.

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Eu poderia exclamar aqui, como a gente faz lá em Dois Córregos: “Algumas almas se livraram do Purgatório!”, mas não é para tanto.

Sim, no dia em que o Babalorixá de Banânina quis internar um repórter no manicômio só porque este fez uma pergunta razoável e até óbvia sobre Sarney, o presidente da República admitiu uma coisa óbvia pela primeira vez na vida: ele assumiu a Presidência em melhores condições do que seus antecessores. É verdade! Sarney, Collor, Itamar e FHC pegaram o país — no caso do tucano, deve-se considerar a partir do período em que assume o Ministério da Fazenda, no governo Itamar — em situação muito mais adversa.

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Só erra no diagnóstico. O problema principal de FHC nunca foi o FMI — que, diga-se, nunca foi entrave a coisa nenhuma no país. Isso é mistificação. Ao contrário: ele era o socorro que respondia aos nossos desajustes, fabricados aqui dentro, não lá fora. O monstro que FHC venceu, terrível, que parecia já fazer parte de nossa paisagem, foi a inflação — contra as vontades e a militância dos petistas. Também recolocou o Brasil no mundo que tinha relevância com as reformas e com as privatizações.

Muito bem. Lula mistifica ao insistir em que “fez mais”. Ninguém na história recente do Brasil fez algo parecido, em dimensão e importância, com o Plano Real — e essa obra não é sua. Como lhe aconselhou FHC, o petista deveria reivindicar seus méritos sem procurar desmerecer o trabalho alheio. Mas ele não consegue. Hoje, vislumbrou-se uma nesga de equilíbrio e verdade em sua fala. Mas não se animem.

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