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Haddad, o “faixista”, permite táxis nas faixas de ônibus; agora só falta recuar do “faixismo ciclístico”.

Coitados dos paulistanos! Espero que sobrevivam ao prefeito Fernando Haddad e ao Ministério Público. Por que digo isso? O prefeito “faixista” de São Paulo liberou as faixas de ônibus para o trânsito dos táxis em qualquer horário do dia. Para transitar nessas áreas demarcadas, eles têm de estar com passageiros. Nos corredores, continua a valer […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h06 - Publicado em 13 set 2014, 08h11

Coitados dos paulistanos! Espero que sobrevivam ao prefeito Fernando Haddad e ao Ministério Público. Por que digo isso?

O prefeito “faixista” de São Paulo liberou as faixas de ônibus para o trânsito dos táxis em qualquer horário do dia. Para transitar nessas áreas demarcadas, eles têm de estar com passageiros. Nos corredores, continua a valer a regra da permissão parcial: em dias úteis, a circulação é proibida entre 6h e 9h e 16h e 20h. Haddad diz ter tomado essa decisão depois que estudos da CET demonstraram que os táxis não causam transtornos à circulação dos ônibus.

Ora, todo mundo sabia que não. Em extensões consideráveis dos 440 km de faixas, não existem nem ônibus na maior parte do tempo. É evidente que o prefeito tomou a decisão, no passado, na base do improviso, movido mais por ideologia do que por técnica. E agora recua pressionado mais pelas urnas do que pelos tais “estudos”. O PT atribui à desordem que Haddad provocou no trânsito de São Paulo parte da reprovação de sua administração e da rejeição ao PT na cidade. Querem saber? A desconfiança faz sentido.

O certo seria permitir que os táxis pudessem circular em corredores e faixas, com ou sem passageiros, a qualquer hora. Por que afirmo isso? Porque se supõe que um táxi vazio esteja ou à caça de clientes ou seguindo para atender a algum chamado. Quanto mais veículos disponíveis, melhor; quanto mais rápido e eficiente for o serviço, mais pessoas deixarão o carro em casa. A relação é de uma evidência que chega a ser escandalosa.

Ah, mas já apareceram alguns “especialistas” na própria opinião para negar o que toda gente vê. E não poderia faltar o promotor Maurício Ribeiro Lopes, fascinado pelo equívoco. Anunciou que entrará com uma ação contra a administração e afirmou uma coisa espantosa: “Pobre cidade cujo prefeito prefere afagar a burguesia que anda de táxi a respeitar o povo que se espreme nos ônibus”.

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É uma afirmação intelectualmente delinquente. Em primeiro lugar, os táxis, de fato, não atrapalham os ônibus. Em segundo lugar, os 34 mil veículos dessa natureza transportam 500 mil passageiros por dia na cidade. E mais transportariam — com menos carros particulares nas ruas — se tivessem mais facilidade. De resto, cobro que o doutor defina o que é “burguesia”. Sem que o faça, eu me reservo o direito de chamar o seu não argumento de mera trapaça em favor do arranca-rabo de classes.

Vamos ver, agora, quanto tempo vai demorar para o prefeito recuar do “faixismo ciclístico”.

O próprio Haddad está sendo obrigado a se livrar da herança maldita de Haddad. Eu não canso de pensar no bem que este senhor está fazendo a São Paulo. Depois dele, o PT ficará longe da Prefeitura por muito tempo.

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