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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Haddad e setores da imprensa decidem perseguir movimentos pró-impeachment com multas de trânsito. É lixo moral!

Abaixo, listo nove vezes em que a Apeoesp estacionou seu caminhão de som em pista de ônibus na Paulista, em dia útil. E sem multa. É o bolivarianismo da multa a unir PT e alguns jornalistas

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 23h51 - Publicado em 15 dez 2015, 06h38

Vejam esta foto. Vocês vão entender o que ela faz aí.

Apeopesp - 27.11-01

O prefeito Fernando Haddad resolveu perseguir com multas os movimentos que organizam protestos pelo impeachment — e, o que é espantoso, com o incentivo de setores da imprensa. Acreditem: a CET — Companhia de Engenharia de Tráfego — resolveu aplicar 11 punições a veículos de som que ocuparam a Avenida Paulista no domingo, totalizando R$ 1.234,35. Acusações? Vamos ver: veículos que excediam o tamanho; estacionar em local e horário proibidos; estacionar em desacordo com as normas do Código Nacional de Trânsito — nesse último caso, acusa-se o caminhão de som de ter obstruído a sacrossanta ciclovia, o que obrigava os poucos ciclistas a fazer uma curva — convenham: trata-se mesmo de um crime.

Caminhão dos companheiros parados na faixa de ônibus em dia útil: 27 de novembro

Caminhão dos companheiros parado na faixa de ônibus em dia útil: 27 de novembro

Ainda que numa versão mais branda por aqui, tal prática é um clássico do bolivarianismo. O petista Fernando Haddad tem uma cachola, como sabemos, notavelmente autoritária. Mais asqueroso do que isso, é ver jornalistas incentivando: “Multa eles, tio, multa eles!!!”.  Quantas vezes vocês viram os movimentos de esquerda recebendo o mesmo tratamento? A ditadura militar no Brasil também costumava apelar a leis (quando não apelava a porões) para punir dissidentes. Numa dessas vezes, Lula, o chefão do atual regime, foi preso.

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É impressionante que gente ordeira, que não ataca patrimônio público e privado, que não promove quebra-quebra, que não viola nenhuma das regras da civilidade, receba multas da Prefeitura — a mesma Prefeitura que tem representantes seus em escolas invadidas por vândalos, que promovem a desordem na cidade.

Será que é assim com todo mundo? Vejam a foto de uma assembleia da Apeoesp do dia 2 de abril, uma quinta-feira, dia útil. O veículo ocupa o corredor de ônibus. A Apeoesp não foi multada. Os carros de som dos movimentos pró-impeachment estacionaram na Paulista num domingo, quando ela já está fechada ao tráfego e coletivos não circulam por ali.

Abaixo, faço um levantamento das vezes em que a Apeoesp, o sindicato petista de professores, parou a Paulista com o seu carro de som. Notem: todos os dias escolhidos pelos “companheiros” eram úteis. O seu enorme caminhão-palanque foi estacionado no corredor de ônibus. Cadê as multas aplicadas pela CET?

Caminhões da Apeoesp estacionaram em faixa exclusiva de ônibus em defesa da greve no dias:
27 de março, sexta-feira;
02 de abril, quinta-feira;
10 de abril, sexta-feira;
17 de abril, sexta-feira;
24 de abril, sexta-feira;
13 de maio, quarta-feira;
15 de maio, sexta-feira.

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Em 48 dias, a Apeoesp impediu o direito de ir e vir na Paulista nada menos de sete vezes — na média, uma por semana. Em maio, o caos se instalou nos dia 13 e 15.

O sindicato meteu o seu caminhão na avenida, aí contra a reestruturação das escolas, no dias 29 de outubro e 27 de novembro (foto da abertura). E, claro, nada de multa. Nesta quarta, os movimentos de esquerda estarão na Paulista para protestar contra o impeachment. Vocês acham que a CET e jornalistas estarão lá para defender multa?

No dia 24 de abril, os petistas paravam a Paulista: sem multa, é claro!

No dia 24 de abril, os petistas paravam a Paulista: sem multa, é claro!

Haddad,  o PT e o jornalismo que lhes serve de esbirros façam o que quiserem. Não conseguirão tirar o povo da rua. Recorrer a multas para tentar intimidar os movimentos pró-impeachment tem um efeito contrário ao desejado, como tudo o que faz essa turma.

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Também a hora do prefeito está chegando. No seu caso, vai ser pelo voto. No da sua chefe, pela lei.

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