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Guilherme Boulos, o chefão do MTST, é o “Califa de São Paulo”

Guilherme Boulos, o chefão do autointitulado Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (o MTST), pretende ser, tudo indica, o Abu Bakr al-Baghdadi brasileiro. Quem é esse? Ora, é o também autointitulado “califa” do “Estado Islâmico e do Levante”, o movimento terrorista que toma hoje parte da Síria e do Iraque e que assombra o mundo com seus […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h00 - Publicado em 25 set 2014, 23h39
Guilherme Boulos é o nosso al-Baghdadi; é o "Califa de São Paulo"

Guilherme Boulos é o nosso al-Baghdadi; é o “Califa de São Paulo”

Guilherme Boulos, o chefão do autointitulado Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (o MTST), pretende ser, tudo indica, o Abu Bakr al-Baghdadi brasileiro. Quem é esse? Ora, é o também autointitulado “califa” do “Estado Islâmico e do Levante”, o movimento terrorista que toma hoje parte da Síria e do Iraque e que assombra o mundo com seus métodos. Impõe-se pela violência, pela brutalidade, pela intimidação e pela chantagem.

É isto: Boulos, que julga ter uma opinião qualificada sobre qualquer assunto — dos conflitos israelo-palestinos à macroeconomia, passando pela política de moradia —, age como se tivesse criado em São Paulo o seu califado. Também ele espalha “seus militantes” por aí e ameaça tocar o terror se suas exigências não forem atendidas.

Nesta quinta, juntou cerca de cinco mil pessoas, segundo a PM, às portas da Sabesp. Disse ter ido lá reclamar da falta de água em bairros da periferia. Foi recebido pela diretoria da empresa. Que remédio? Ou é isso ou é violência. À medida que os órgãos instituídos o tomam como interlocutor, é inescapável, ele vai aparecendo como aquilo que não é: uma voz legítima.

Integrantes do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) no Largo da Batata, em São Paulo: protesto contra a falta de água na periferia (Alice Vergueiro/Futura Press/Folhapress)

Integrantes do MTST no Largo da Batata, em São Paulo: suposto protesto contra a suposta falta de água  (Alice Vergueiro/Futura Press/Folhapress)

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No palanque, revezaram-se ele e mais sete oradores. Referindo-se ao quebra-quebra promovido na cidade na semana passada pela Frente de Luta por Moradia, outro grupo de supostos sem-teto, ameaçou: “Vou dizer tanto para a Prefeitura quanto ao governo que, se eles forem resolver o problema de moradia com bomba e polícia, vão encontrar resistência igual ou pior do que aconteceu na semana passada. Se os acordos não forem cumpridos, o fechamento dessa rua, uma das principais de São Paulo, [no caso, a a marginal do Pinheiros] vai virar rotina. A gente espera que o recado tenha sido entendido, senão vamos fechar as principais vias das regiões com pneu e barricadas de fogo”.

Eis aí o recado do “Califa de São Paulo”. Ele chama de “acordo” as chantagens que aplica ao poder público, reivindicando privilégios para seu grupo. Segundo informa a VEJA, ao fim da manifestação, os ditos sem-teto foram assinar a “lista de presença”, que conta pontos no movimento. Os que sobem no ranking têm preferência na hora da distribuição das casas. Como já restou provado, as áreas invadidas por este senhor são ocupadas por fantasmas. Seus apaniguados acabam furando a fila dos que esperam por moradia.

Até quando ele vai se impor na base da ameaça, da chantagem e da violência? Enquanto o Poder Público permitir. Só para lembrar: também nesta quinta, alguns gatos-pingados da Apeoesp resolveram organizar um protesto cobrando reajuste de salário de, pasmem!, mais de 70%. O dissídio da categoria é só em… março! Era só bagunça eleitoreira. E que se reitere para encerrar: o Califa de São Paulo dirigiu, sim, suas ameaças também à Prefeitura, comandada pelo petista Fernando Haddad, mas não se enganem: ele não passa de um esbirro do PT.

Texto publicado originalmente às 22h17
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