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Governo brasileiro diz que topa acordo global para redução de metas: mas tem de ser pra todo mundo e de cumprimento obrigatório. É o certo! Olhem Tio Rei elogiando o governo aqui!!!

Huuummm… Em matéria de meio ambiente, a chance de a gente fazer um elogio e queimar a língua é grande. Mas lá vou eu correndo riscos, hehe. O fato é que a ministra Izabella Teixeira me parece, no geral, uma pessoa sensata. Não é que eu concorde sempre com ela, não. Mas me parece que […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 09h57 - Publicado em 8 dez 2011, 21h37

Huuummm… Em matéria de meio ambiente, a chance de a gente fazer um elogio e queimar a língua é grande. Mas lá vou eu correndo riscos, hehe. O fato é que a ministra Izabella Teixeira me parece, no geral, uma pessoa sensata. Não é que eu concorde sempre com ela, não. Mas me parece que está entre aquelas sinceramente interessadas em conciliar a necessidade do desenvolvimento com a preservação do meio ambiente, sem apelar a raciocínios mágicos e a truques de quinta categoria, como faz Marina Silva às vezes — e já comento uma fala inacreditável desta senhora, o que demonstra, mais uma vez, que seus admiradores não prestam atenção ao conteúdo de sua fala. Sigamos.

Leiam o que informa a Reuters. Volto em seguida:

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou nesta quinta-feira (8) na conferência do clima da ONU, na África do Sul, que o Brasil está disposto a negociar um acordo global de cumprimento obrigatório para a redução das emissões de gases do efeito estufa após 2020.  Mais de 190 países estão reunidos na cidade sul-africana de Durban para discutir o que fazer quando a expirar a primeira etapa do Protocolo de Kyoto, atual tratado climático global, em 2012. “O Brasil trabalha com afinco para a adoção de um segundo período de compromisso para o Protocolo de Kyoto e o fortalecimento da implementação da convenção [climática da ONU] no curto, médio e longo prazo”, afirmou a ministra em Durban, diz o texto de seu discurso divulgado pelo ministério.

A UE (União Europeia) propôs que um novo acordo global para a redução das emissões seja selado até 2015, para entrar em vigor a partir de 2020, mas os europeus condicionam sua participação à adesão dos três grandes poluidores da atualidade –China, Índia e Estados Unidos, que rejeitaram um novo acordo vinculante. O Protocolo de Kyoto prevê obrigações apenas para países industrializados, sendo que os EUA se retiraram do tratado. Já os países emergentes, como China e Índia, ficam dispensados de qualquer redução obrigatória. “Se todos, repito, todos trabalharmos juntos, poderemos negociar o mais cedo possível um novo instrumento legalmente vinculante sobre a convenção, baseado nas recomendações da ciência que inclua todos os países para o período imediatamente pós 2020″, afirmou.

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A ministra disse que o Brasil tem assumido uma posição de vanguarda para promover a redução das emissões de gases de efeito estufa e ao mesmo tempo desenvolver-se com sustentabilidade. Segundo Izabella, no combate ao desmatamento –a maior fonte de emissões do Brasil–, o objetivo é reduzir em 80% o desmatamento até 2020 em relação à média de desmatamento entre 1996 e 2005. Em 2011, o país atingiu uma redução de 66%, o menor índice de desmatamento desde que o sistema de monitoramento foi criado, em 1988. “A urgência dos desafios impostos pela mudança do clima requer que incrementemos ações tanto em mitigação quanto em adaptação, orientadas pela ciência e pela equidade”, disse a ministra.

Voltei
Vejam que coisa: se a maior emissão do Brasil é o desmatamento, não a indústria, isso quer dizer que nós temos não um, mas dois problemas. Há um déficit óbvio de desenvolvimento. Nossa economia ainda ruma para um patamar que realmente atenda às necessidades básicas da totalidade do povo, como acontece nos países ricos e, vejam que coisa, também na China, hoje o motor do crescimento mundial.

O Brasil precisa reduzir as queimadas? Claro que sim! Mas que sentido faz estabelecer um protocolo se Índia e China não estiverem engajadas — e, como não estão, os EUA então caem fora também? Nenhum! Izabella Teixeira disse a coisa certa, ora essa! Ou a coisa é pra valer e é pra todo mundo ou, então, não é pra ninguém. A menos que se considere que existe uma emissão moralmente mais nefasta do que a outra, né? Ou emissão de queimada é coisa de gente feia e boba, e a da indústria, de iluministas?

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