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Funcef diz ter recebido doleiro a pedido de André Vargas

Por Marcela Mattos, na VEJA.com Em mais uma evidência de que o deputado licenciado André Vargas (PT-PR) usava sua influência política para favorecer o doleiro Alberto Youssef, preso em operação da Polícia Federal, a Funcef (fundo de pensão de funcionários da Caixa Econômica Federal) afirmou nesta sexta-feira, por meio de nota, que Youssef participou de […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h59 - Publicado em 25 abr 2014, 18h58

Por Marcela Mattos, na VEJA.com

Em mais uma evidência de que o deputado licenciado André Vargas (PT-PR) usava sua influência política para favorecer o doleiro Alberto Youssef, preso em operação da Polícia Federal, a Funcef (fundo de pensão de funcionários da Caixa Econômica Federal) afirmou nesta sexta-feira, por meio de nota, que Youssef participou de reunião com a diretoria a pedido do próprio Vargas. As negociações para o encontro foram feitas por troca de mensagens telefônicas interceptadas pela PF.

Em nota, a Funcef afirma que Carlos Borges, o diretor que participou do encontro, não conhecia Youssef, “mas o recebeu, na qualidade de empresário, a pedido do deputado André Vargas”. “No encontro, o empresário apresentou proposta de investimento à Funcef. Entretanto, identificamos que o investimento proposto não se adequava à política de investimentos da Fundação, momento em que foi prontamente descartado”, continuou o órgão. O fundo de pensão é dono de uma carteira de ativos de 52 bilhões de reais.

Conforme interceptações da PF, em 3 de dezembro de 2013 Youssef pergunta se Vargas tem acesso a um superintendente da Caixa Econômica Federal. Logo depois, o doleiro lembra o petista da necessidade de marcar uma reunião na Funcef. No dia 11 de março deste ano, o doleiro e o deputado combinam de participar, juntos, de um encontro em Brasília com um representante do fundo de pensão. De última hora, Vargas avisa que não poderá comparecer e dá as coordenadas para que Youssef chegue ao lugar combinado – a sede da Funcef. O doleiro pergunta então se pode usar o nome de Vargas – e recebe o aval do deputado. Ao final do encontro, Youssef dá satisfação a Vargas: “Acabei de ser atendido. Falo com você como foi”.

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Na nota, a Funcef nega ter parceira, negócios ou estar analisando qualquer projeto com empresas vinculadas a Youssef. O órgão diz ainda que o diretor Carlos Borges conhece Vargas “em razão das funções institucionais que ambos exercem”. 

Acusado de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou 10 bilhões de reais, Youssef está preso desde março. As investigações da Operação Lava-Jato, da PF, apontam que um dos braços do esquema do doleiro agia no Ministério da Saúde por meio do Labogen, laboratório de fachada de Youssef. Apesar de nunca ter fabricado qualquer tipo de medicamento, o Labogen obteve um contrato de 31 milhões de reais com a pasta para produzir o princípio ativo do Viagra, medicamento usado para combater a impotência sexual. O diretor do laboratório, de acordo com a PF, teria sido indicado pelo então ministro da Saúde Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo do Estado de São Paulo.

Após as revelações da proximidade de Vargas com o doleiro, o deputado renunciou ao cargo de vice-presidente da Câmara e pediu licença de 60 dias do mandato. Temendo que o desgaste político atinja as candidaturas de Padilha ao governo de São Paulo e da senadora Gleisi Hoffman ao governo do Paraná, o PT pressiona Vargas a renunciar.

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