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Exxon contabiliza como perda 2 poços do pré-sal. Não tinha petróleo lá…

Por Nicola Pamplona, no Estadão: A gigante americana Exxon contabilizou como perdas, em seu balanço do quarto trimestre de 2010, dois poços perfurados no pré-sal da Bacia de Santos, alegando que não contêm reservas comerciais de óleo ou gás natural. Depois de três poços perfurados na região, a empresa e seus sócios parecem ter desistido […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h00 - Publicado em 29 jan 2011, 14h15

Por Nicola Pamplona, no Estadão:
A gigante americana Exxon contabilizou como perdas, em seu balanço do quarto trimestre de 2010, dois poços perfurados no pré-sal da Bacia de Santos, alegando que não contêm reservas comerciais de óleo ou gás natural. Depois de três poços perfurados na região, a empresa e seus sócios parecem ter desistido de tentar encontrar óleo, em um caso que pode se configurar o primeiro grande fracasso na exploração do pré-sal brasileiro.

A Exxon é operadora do bloco BM-S-22, onde tem parceria com a também americana Hess e com a Petrobrás. A concessão, ao sul das descobertas Carioca e Guará, da estatal, era apontada como uma grande aposta no pré-sal, por estar perto de uma gigantesca estrutura geológica conhecida como Pão de Açúcar. O último poço da Exxon, Sabiá-1, por sinal, foi perfurado na porção da sul do bloco, com o objetivo de atingir essa jazida.

“Foram encontradas quantidades não comerciais de hidrocarbonetos no poço Sabiá-1″, confirmou a Exxon, em comunicado oficial. Os dois poços anteriores também foram reconhecidos em balanço como despesa, uma vez que não atingiram jazidas comerciais de petróleo. A companhia não informou se devolverá a concessão, limitando-se a dizer que vai atuar com a Agência Nacional do Petróleo (ANP) e com os sócios para “definir os próximos passos do nosso plano de avaliação do bloco”.

O plano de avaliação do bloco previa a perfuração inicial de até quatro poços – um firme e três contingentes, a serem definidos após o andamento dos trabalhos. Fontes próximas a operações no pré-sal, porém, não acreditam que o consórcio vai investir no quarto poço. “As empresas já gastaram uns US$ 400 milhões e não obtiveram resultado. É difícil que continuem insistindo”, diz um executivo do setor. O período exploratório do BM-S-22 termina em 2014.

De fato, segundo informações divulgadas pela Hess, apenas os dois últimos poços custaram cerca de US$ 250 milhões – a empresa contabilizou perdas de US$ 111 milhões, equivalente à sua participação de 40% no projeto.

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A expectativa é que as companhias mantenham a concessão por mais um período, à espera de novas informações coletadas pela Petrobrás em seu intenso trabalho de exploração na Bacia de Santos, comenta uma fonte, e decidam pela devolução ou não do bloco mais perto do fim do prazo exploratório.

De acordo com uma fonte, a última esperança do consórcio era encontrar um pedaço da estrutura de Pão de Açúcar, que fica ao sul do BM-S-22, em área ainda não concedida do pré-sal. A região deve ser o próximo alvo da ANP no esforço de encontrar jazidas para os leilões dos contratos de partilha da produção – trabalho que já rendeu as descobertas de Franco, vendida à Petrobrás, e Libra, que vai a leilão.

O BM-S-22 é o único bloco de águas ultraprofundas na Bacia Santos operado por uma empresa privada. O restante é operado pela Petrobrás, mas tem participação de companhias estrangeiras. A estatal já anunciou reservas estimadas em cerca de 14 bilhões de barris de petróleo na região, em descobertas como Lula (antigamente chamado de Tupi), Iara e Guará.

A Exxon, porém, não é a única a obter maus resultados em busca de petróleo do pré-sal. A britânica BG também fracassou no poço Corcovado 2, perfurado no bloco BM-S-52, a oeste das grandes descobertas da Petrobrás. A estatal, porém, continua mantendo grande índice de sucesso na região – na terça-feira, anunciou mais uma descoberta, chamada Carioca Nordeste.

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