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Está comprovado! Esquerdismo provoca danos cerebrais

Acho legítimo e democrático que esquerdistas defendam a absolvição de Dilma; negar, no entanto, que ela tenha cometido crime é uma fraude intelectual

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 22h40 - Publicado em 20 Maio 2016, 08h26
O ato dos que nada entendem nem de Constituição nem de democracia

O ato dos que nada entendem nem de Constituição nem de democracia

Eu, hein!

Há coisas que dão uma danada de uma vergonha alheia. Uns poucos alunos e até alguns professores da Faculdade de Direito da USP resolveram, nesta quinta à noite, fazer o enterro simbólico da Constituição em frente ao famoso prédio das Arcadas, no Largo São Francisco.

Os sedizentes movimentos sociais estavam lá, e seus representantes também discursaram: CMP (Central de Movimentos Populares), Uneafro (União de Núcleos de Educação Popular para Negras e Negros) e a Marcha Mundial das Mulheres.

E por que esses valentes estão enterrando a Constituição? Porque, dizem, Dilma não cometeu crime de responsabilidade — logo, não poderia ter sido alvo de um processo de impeachment.

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Que alunos e professores de direito digam isso só evidencia o estrago cerebral que o esquerdismo provoca. Eles se tornam incapazes de ler o que está escrito. Ainda que eventualmente decifrem palavras, não entendem o seu sentido.

O Inciso VI do Artigo 85 da Constituição deixa claro que atentar contra a Lei Fiscal constitui crime de responsabilidade. A Lei 1.079 define a pena. Fim de papo. A Constituição estaria sendo enterrada se o processo não fosse instaurado.

É compreensível que os ditos movimentos sociais neguem o crime cometido por Dilma. Temem perder seus privilégios. Que estudantes e professores da mais renomada faculdade de direito o façam, aí é o fim da picada. É como se um médico, por motivos puramente ideológicos, negasse os malefícios do tabagismo e de uma vida sedentária.

Notem: sou um sujeito tolerante e entendo a extensão da democracia. O julgamento de Dilma, dado o crime de responsabilidade, será político. O Senado pode absolvê-la. E eu não veria mal nenhum que as esquerdas lutassem pela absolvição. Tratar-se-ia, afinal, de uma luta… política!

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Atenção! Se Dilma for absolvida, eu não escreverei aqui que a Constituição foi desrespeitada. Afinal, eu a acato. Está escrito lá que o juízo final cabe aos senadores. E um julgamento pode condenar ou absolver. Não sou do tipo que considera legítimo apenas o resultado que me agrada.

Esses esquerdistas, no entanto, especialmente os estudantes e professores de direito que compareceram ao ato, são vigaristas intelectuais. Eles precisam negar que o crime tenha existido para conseguir defender uma tese. Em vez de lutarem pela absolvição de Dilma, preferem negar a história, negar a realidade.

Em suma: uma coisa é admitir o óbvio — o crime foi cometido — e defender a absolvição em razão de valores que esses esquerdistas consideram maiores. Insisto: isso é parte do jogo democrático. Outra, muito distinta, é tropeçar no cadáver no meio da sala e negar que o crime tenha existido. Aí já é mau-caratismo.

Professor que comete esse vexame não educa, não ensina, não instrui. Apenas deforma.

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