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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Entidade que é dona de domínio do “Movimento Passe Livre” recebe dinheiro da Petrobras e do Ministério da Cultura e tem incentivo da Lei Rouanet

Ai, ai… O Movimento Passe Livre tem um site, cujo endereço é “www.mpl.org.br” — e, claro, há um site específico para São Paulo: “saopaulo.mpl.org.br”. Muito bem. Uma das curiosidades lícitas que a gente pode ter é esta: em nome de quem está registrado esse domínio? O leitor pode, então, recorrer ao site http://registro.br/ e descobrir. […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 06h03 - Publicado em 11 jun 2013, 20h00

Ai, ai…

O Movimento Passe Livre tem um site, cujo endereço é “www.mpl.org.br” — e, claro, há um site específico para São Paulo: “saopaulo.mpl.org.br”. Muito bem. Uma das curiosidades lícitas que a gente pode ter é esta: em nome de quem está registrado esse domínio? O leitor pode, então, recorrer ao site https://registro.br/ e descobrir. Basta escrever no campo de busca o endereço “mpl.org.br”. E encontrará isto.

Alquimídia?
Como? Associação Alquimídia? Mas que diabo é isso? Bem, leitor, aí você pode, ainda movido pela curiosidade que a imprensa até agora não teve, visitar a página da dita associação. E vai se deparar com isto aqui:

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É isto mesmo. A tal “Alquimídia” é uma dessas ONGs que se dizem interessadas na “democratização da mídia” financiadas com dinheiro público: Ministério da Cultura e Petrobras, podendo captar recursos da Lei Rouanet. Jamais duvidem: é muito difícil não haver petismo na raiz de boa parte do que não presta no país.

O nome do chefão da Alquimídia, que é dona do domínio da entidade que está a promover, com meia dúzia de gatos-pingados, o caos em várias capitais brasileiras é Thiago Skárnio, como se vê acima. Não sei se é sobrenome real ou artístico, mas é muito significativo.

A base de operações do rapaz é Florianópolis, cidade, diga-se, onde o protesto contra o reajuste de tarifas de ônibus tem um histórico de violência e radicalização. Se o leitor decidir navegar pelo site “Alquimídia”, descobrirá que essa entidade “ponto org” funciona como uma produtora privada de conteúdo qualquer. A diferença é que é alimentada com dinheiro público e diz trabalhar apenas para “coletivos” e “entidades do terceiro setor”, embora possa, sim, ter a parceria de “empresas privadas”. Ah, bom…

Skárnio, a única cara visível da Alquimídia, se define assim na rede (em vermelho):
Iniciei minhas atividades como desenhista. Depois de produzir charges e ilustrações para publicações independentes e sindicais, passei a trabalhar também com fotografia, texto, produção gráfica e audiovisual.
Além da produção alternativa de vídeos e a edição do site SARCASTiCOcomBR, apoio causas como a cultura digital, liberdade de expressão, estado laico, democracia líquida e as políticas públicas para a cultura, e participo de organizações e movimentos como o FNDC – Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação, ABRAÇO – Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária, Pontos de Cultura, CNC – Conselho Nacional de Cineclubes, Cinemateca Catarinense (ABD-SC), TV Comunitária de Florianópolis e Movimento Mega-Não.
Atualmente coordeno o Pontão Ganesha de Cultura Digital, projeto mantido pelo Ministério da Cultura e a Alquimídia.org (organização que ajudei a fundar) e fui eleito para a cadeira de Cultura Digital do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Florianópolis.

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O que é “democracia líquida”? É uma tese neofascista (pesquisem a respeito) que, sob o pretexto de instituir a democracia direta, prega, na prática, o fim do Poder Legislativo. Cada questão importante da sociedade seria decidida por indivíduos eleitos exclusivamente para aquele fim. O linchamento, por exemplo, não deixa de ser uma forma de “democracia líquida”…

Eis aí: eu tinha a convicção — e agora tenho a certeza — de que, na raiz dessa história, estavam as tetas do estado.

“Ah, o Alquimídia só registrou o nome; não tem nada a ver com isso.” Claro que não…

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