Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Reinaldo Azevedo Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Blog
Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
Continua após publicidade

Enquanto polícia de SP prende black blocs, ministro de Dilma bate papinho com eles

A polícia anunciou a prisão de um dos black blocs que depredaram uma concessionária de carros no dia 19 de junho. Comprovada a culpa, que a Justiça tenha o bom senso e a decência de manter esses bandidos em cana. Pessoas que atuam dessa maneira não são um caso de política, mas de polícia; não […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h34 - Publicado em 2 jul 2014, 15h26

A polícia anunciou a prisão de um dos black blocs que depredaram uma concessionária de carros no dia 19 de junho. Comprovada a culpa, que a Justiça tenha o bom senso e a decência de manter esses bandidos em cana. Pessoas que atuam dessa maneira não são um caso de política, mas de polícia; não são manifestantes, mas delinquentes; não estão exercendo um direito, mas cometendo crimes.

Notem que diferença, não é mesmo? A Polícia de São Paulo se encarregou de investigar para chegar aos culpados. Já o governo federal atuou de outra maneira. Em entrevista à Folha, publicada no dia 24 de junho, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, confessou que manteve interlocução com os black blocs e que fez mais de uma reunião com eles. Tudo, disse ele, para entender o fenômeno.

Então ficamos assim: enquanto as forças de segurança de São Paulo se esforçam para prender os bandidos e para impedir a sua ação, o governo federal os transforma em interlocutores. Num tom que praticamente justifica a ação dos bandidos, embora tenha tido o cuidado de dizer que não concorda com as ações, Carvalho afirmou ao jornal:
“[os black blocs] têm a convicção de uma violência praticada pelo Estado através das omissões nos serviços públicos e denuncia muito a violência policial na periferia, com aquela história de que, na periferia, as balas não são de borracha, são metálicas e letais. E que a única forma de reagir contra essa violência é também com a violência, que eles dizem que não é contra pessoas, mas contra símbolos e objetivos. Por isso escolhem bancos e concessionárias de carros importados”.

Se vocês repararem no que chamo sotaque ideológico da fala, ainda sobra, santo Deus!, uma crítica para a polícia. Assim, vejam como é mesmo difícil a atuação dos policiais: têm de exercer o seu trabalho contra os criminosos, contra o fascínio de parte substancial da imprensa com o crime e contra a ação do próprio governo federal.

Só lhes resta agarrar-se à lei e cumprir o seu papel.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.