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Empresa de mercenários compra Super Tucano. Com aval – ilegal – do governo Lula

Por Roberto Godoy, no Estadão:O avião que não deveria existir tem matrícula, 31400082, e endereço – 1.650 Tyson Boulevard -, na cidade de McLean, no Estado americano de Virgínia. O avião que não deveria existir é um Emb-314B1 Super Tucano, vendido em dezembro de 2006 para a Blackwater Worldwide – a maior empresa do mundo […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 19h25 - Publicado em 1 jun 2008, 05h55
Por Roberto Godoy, no Estadão:
O avião que não deveria existir tem matrícula, 31400082, e endereço – 1.650 Tyson Boulevard -, na cidade de McLean, no Estado americano de Virgínia. O avião que não deveria existir é um Emb-314B1 Super Tucano, vendido em dezembro de 2006 para a Blackwater Worldwide – a maior empresa do mundo de serviços de defesa independentes, ou seja, de soldados mercenários. A aeronave, pintada de cinza e preto, foi entregue sob sigilo pela Embraer há pouco mais de três meses. Era 25 de fevereiro e chovia forte no aeroporto de São José dos Campos. Com registro N314TG da Federal Aviation Agency (FAA), o avião que não deveria existir voou direto para Elizabeth City, em Virgínia, uma espécie de base aérea corporativa. O valor do contrato é de aproximadamente US$ 4,5 milhões. Durante oito meses, a existência do único Super Tucano particular foi sistematicamente negada.
A companhia compradora é a EP Aviation, uma subsidiária da Blackwater. A transação teve de ser autorizada pela Presidência da República e negociada diretamente com o governo dos Estados Unidos. A legislação do Brasil proíbe o fornecimento de equipamentos militares para companhias e para uso em conflitos já existentes no momento da transação. O princípio é adotado desde os anos 80. Uma das destinações prováveis do turboélice Emb-314 é o preparo de pilotos em missões de ataque contra posições de insurgentes no Iraque.
Essa venda do Super Tucano é assunto sensível para todos os envolvidos. Nos Ministérios da Defesa e das Relações Exteriores, setores pelos quais o processo circulou, trata-se de tema a ser discutido ao abrigo da proteção das fontes. No Itamaraty, um veterano diplomata ouvido pelo Estado, pondera que a administração do presidente Lula está admitindo, na carteira de clientes do País, uma empresa sob investigação do Congresso dos EUA. Além disso, salienta o embaixador, a Blackwater é malvista entre nações do Oriente Médio que interessam à política externa brasileira. Na área da Defesa, mais cuidados: todas as etapas da operação são consideradas sigilosas e reservadas.
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