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EIS O BENEDITO DO DOSSIÊ E DO COMITÊ DE DILMA: GOVERNO QUERIA COMPRAR CAFEZINHO DE SUA EMPRESA POR R$ 351,22 A XICRINHA. E ISSO NÃO É UMA PIADA!

O empresário investigado por tentar vender ao governo cafezinho a 352 reais a xícara tem uma equipe cuidando das finanças do comitê da campanha presidencial do PT Daniel Pereira e Alexandre Oltramari, na VEJA: Reprodução/AE Benedito de Oliveira: ele alugou a casa, pagou a viagem de marqueteiros e indicou os funcionários que cuidam do dinheiro […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 15h05 - Publicado em 12 jun 2010, 07h17
O empresário investigado por tentar vender ao governo cafezinho a 352 reais a xícara tem uma equipe cuidando das finanças do comitê da campanha presidencial do PT


Daniel Pereira e Alexandre Oltramari, na VEJA:

Reprodução/AE
Benedito de Oliveira: ele alugou a casa, pagou a viagem de marqueteiros e indicou os funcionários que cuidam do dinheiro

Três homens que aparecem nesta reportagem têm muito em comum. Os três frequentaram o comitê eleitoral do PT, em Brasília. Os três têm ligações com uma empresa de eventos, a Dialog, que faturou dezenas de milhões em negócios com o governo federal. Os três não falam, nunca deram entrevistas e se esquivam de explicar o que realmente fazem – ou faziam – na campanha petista. As digitais do trio – o empresário Benedito de Oliveira Neto, o contador Luiz Carlos Ferreira e o ex-funcionário público Jorge Luiz Siqueira – apareceram no bojo do escândalo que foi a tentativa de montar um grupo de policiais e arapongas para espionar adversários e aliados incômodos. O elo mais forte entre esses três senhores é o dinheiro. Há duas semanas, em entrevista a VEJA, o delegado aposentado da Polícia Federal Onézimo Sousa revelou que o serviço de espionagem custaria 1,6 milhão de reais. Quem pagaria? Benedito de Oliveira. Como? Em dinheiro vivo.

Por que Benedito? O enredo que responde a essa pergunta parece levar à repetição de uma história tão ou mais antiga do que as eleições: amigo de mandatário é beneficiado materialmente com contratos milionários feitos sem licitação ou ao arrepio delas e, mais tarde, devolve a gentileza custeando despesas do seu antigo benfeitor. O Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria-Geral da União (CGU) investigam dezenas de negócios da Dialog, empresa de Benedito de Oliveira, com o governo, cujos termos e irregularidades ilustram com nomes e números o milenar enredo narrado acima. Criada em 2004, a Dialog saiu da irrelevância para o domínio quase hegemônico da prestação de serviços e realização de eventos para ministérios e outros órgãos públicos. Não se sabe a razão, mas no ano passado o Ministério da Pesca propôs usar 72% de tudo o que gastou em 2009 em um único contrato com a Dialog.

Seriam entregues a Benedito 94 milhões de reais para… criar uma frota pesqueira? Montar fazendas de camarão no Nordeste? Ensinar a pescar? Não. Nada disso. O Ministério da Pesca queria destinar 94 milhões à Dialog para ela fornecer, entre outras coisas, cafezinho a funcionários e visitantes. Cada xicrinha custaria aos pagadores de impostos do Brasil a fortuna de 352,22 reais. Atenção: o Ministério da Pesca se dispôs a pagar ao empresário 352,22 reais por 50 mililitros de café na xícara, usando para isso o dinheiro dos impostos subtraídos dos brasileiros honestos que acordam cedo e vão trabalhar. Aqui

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