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E o PSDB? Está esperando Godot!

Vocês lêem abaixo que o PSD conseguiu fazer uma bancada maior do que a do PSDB, que tem o governo de, ATENÇÃO!, oito estados (lidera nesse quesito), o que corresponde a mais da metade da população e a quase 60% do PIB. O principal esteio da nova legenda, Gilberto Kassab, é prefeito que já pode […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 10h22 - Publicado em 25 out 2011, 19h38

Vocês lêem abaixo que o PSD conseguiu fazer uma bancada maior do que a do PSDB, que tem o governo de, ATENÇÃO!, oito estados (lidera nesse quesito), o que corresponde a mais da metade da população e a quase 60% do PIB. O principal esteio da nova legenda, Gilberto Kassab, é prefeito que já pode ser considerado em fim de mandato e tem uma pedreira pela frente: a disputa na cidade não será fácil. Mais: os que migram para o seu partido não têm nem mesmo a certeza de que terão direito ao horário eleitoral — hoje, considera-se que é mais provável o “não” do que o “sim”. Acrescento: se há liderança que não conta com, como posso chamar, a boa-vontade da imprensa em sua base, essa liderança é Kassab. Mais toma pancada do que é aplaudido. Mas vejam aí…

Podem-se alegar muitas coisas, e a justificativa mais fácil é a de que havia gente na oposição que queria ficar mais próxima do governo. Como o novo partido não se opoõe a ninguém em princípio — tende a ser governo na maioria dos estados e garante que, no que diz respeito a Dilma, apoiará o que considera bom e rejeitará o ruim —, tudo teria ficado mais fácil.

Pois é… Ocorre que, para que tal fator tivesse peso tão preponderante, seria necessário supor que o PSDB está fazendo oposição sistemática, dura, inclemente. É o caso? O partido tem, sim, se mobilizado na Câmara e no Senado contra as falcatruas, cobrando investigação. É uma obrigação, mas é, obviamente, muito pouco. Cumpre reconhecer que os tucanos, até agora, não se apresentaram com aquele ar de quem tem um projeto consistente de poder. E não têm o ar porque não têm o projeto.

O que pensa o partido, com clareza, sobre os royalties, a reforma política, as desonerações fiscais seletivas, a política monetária, desequilíbrios da economia que estão aí, dados? Não se sabe. “Ah, não seja contraditório, Reinaldo, o PSD não se posiciona sobre nada disso e cresce”. Lembro que o novo partido atraiu pessoas da base governista e que teria sido mais fácil a oposicionistas com vontade de aderir integrar legendas que apóiam claramente o governo.

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Essas respostas fáceis não conduzirão os tucanos a lugar nenhum. Como maior partido de oposição, dada a estrutura que tem nos estados, a verdade é que sua presença no debate público é anêmica, quando não é inexistente.

É um partido que parece esperar Godot. Mas Godot tem o que dizer?

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