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Disputa entre líderes sem-terra deixa famílias sem cestas

Leiam trecho de uma reportagem publicada nesta quarta no jornal A Tarde, da Bahia. Fala por si mesmo. Nesse caso, trata-se de uma disputa por comida. Mas elas costumam ser bem mais agressivas do que isso. É claro que o governo tem de coibir a violência no campo, prender matadores, pistoleiros etc. O que pouca […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 11h47 - Publicado em 1 jun 2011, 20h41

Cestas básicas da Conab permanecem estocadas enquanto lideranças de movimentos brigam (Foto: Mário Bittencourt/Agência A TARDE)

Cestas básicas da Conab permanecem estocadas enquanto lideranças de movimentos brigam (Foto: Mário Bittencourt/Agência A TARDE)

Leiam trecho de uma reportagem publicada nesta quarta no jornal A Tarde, da Bahia. Fala por si mesmo. Nesse caso, trata-se de uma disputa por comida. Mas elas costumam ser bem mais agressivas do que isso. É claro que o governo tem de coibir a violência no campo, prender matadores, pistoleiros etc. O que pouca gente sabe — e pouco a imprensa se interessa por isso — é que acertos de contas entre grupos rivais costumam resultar em mortes, engrossando as estatísticas dos “mortos por conflitos agrários”. Os ditos “movimentos sociais” sabem diss. O governo sabe disso. Nega-se  obvio porque é uma verdade que não interessa à causa. Leiam trecho da reportagem.

*

A disputa pelo poder entre líderanças de duas entidades envolvidas com o processo de  reforma agrária, o Movimento de Luta pela Terra (MLT) e Federação da Agricultura Familiar (Fetag) ex-MLT, no extremo sul baiano, está afetando a distribuição de cestas básicas a pequenos agricultores na região. As famílias estão acampados numa fazenda de 1,333 mil hectares, cuja posse é disputada pela empresa Veracel Celulose e o governo baiano.

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Há um mês, o MLT recebeu cerca de 7 mil quilos de alimentos. Contudo, segundo o representante da Fetag, Wedson Souza Santos, o Gazo (ex-integrante do MLT) cerca de 60 famílias assentadas que se desligaram do movimento estão sem receber as cestas básicas. Acusações – Gazo e Juenildo Oliveira Farias, o Zuza, coordenador do MLT, trocam acusações diversas e dizem que já houve até ameaças de morte.

Quinze militantes ligados a Fetag prestaram queixa na delegacia do município de  Eunápolis no último dia 23, afirmando que suas famílias estão sem receber cestas-básicas há um mês porque Zuza teria se apropriado indevidamente do alimento. A reportagem de A TARDE apurou que o material está guardado num barraco no acampamento do MLT, na Fazenda São Caetano, justamente a que está em disputa entre o Estado e a Veracel.

Na queixa policial, eles dizem que Zuza não está dando mais as cestas-básicas pelo fato de eles terem deixado o MLT e ido para Fetag, junto com Gazo, que até já colocou bandeiras da entidade nas proximidades do acampamento Baixa Verde, onde estão as cerca de 70 famílias de militantes do MLT. Gazo quer que as cestas-básicas sejam destinadas aos liderados por ele. Zuza rebate e diz que apenas doze famílias do MLT foram para a Fetag e por isto não têm mais direito ao alimento.

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