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Dilma recebe o apoio do “bispo” Macedo, que é favorável ao aborto

Vamos fazer um textinho que pode ser debatido nas faculdades de jornalismo. Os professores que rejeitam a ideologia do escriba logo dirão: “Veja, caros aluninhos, vítimas do meu proselitismo, como esse Reinaldo Azevedo é manipulador”. Os realmente preocupados com jornalismo acharão que se está, ao menos, diante de um bom debate. O PT inventou a […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 14h06 - Publicado em 29 set 2010, 21h30

Vamos fazer um textinho que pode ser debatido nas faculdades de jornalismo. Os professores que rejeitam a ideologia do escriba logo dirão: “Veja, caros aluninhos, vítimas do meu proselitismo, como esse Reinaldo Azevedo é manipulador”. Os realmente preocupados com jornalismo acharão que se está, ao menos, diante de um bom debate.

O PT inventou a história de que uma eventual murchada da candidatura Dilma — o Ibope da CNI do Armando Monteiro nega que tenha existido… — se deve a uma tal corrente na Internet que teria espalhado que ela é favorável ao aborto (e ela efetivamente era até abril do ano passado ao menos) e lhe atribuído a frase: “Nem Jesus Cristo me tira essa eleição”. Dilma nega que tenha dito isso. Pessoalmente, tendo a acreditar que não disse. Afinal, ela é a candidata de Lula. Na comparação, para eles lá, Jesus perde importância como símbolo de grandeza, entendem? Se o Ibope e o Datafolha investigarem a popularidade do Nazareno, talvez conclua que ela  anda abaixo de 80% nestes dias laicos, em que só Lula é adorado… Minha pena, obviamente, é de sarcasmo, não de melancolia. Mas vamos adiante.

O partido resolveu atribuir a queda de Dilma a esse boato — que chama de “preconceito”. Logo, a candidata seria vítima não da sua própria opinião sobre o aborto, mas de uma suposta maledicência. E, se a questão é de natureza religiosa e se os evangélicos fazem parte da equação, nada como exibir o apoio de um líder evangélico.

E é aí que entra Edir Macedo, o auto-intitulado “bispo”, dono da Igreja Universal do Reino de Deus e de um império de comunicação que inclui a verdadeira Lula News (que não é aquela de Franklin): a TV Record. Macedão botou pra quebrar e escreveu uma carta de apoio a Dilma Rousseff, atribuindo os “boatos” a coisas do capeta… A conferir: mas acho que a Universal, no passado, já viu o capeta em Lula. Como o diabo é quem é não por ser inteligente, mas por ser antigo, não deve ter mudado, deve continuar o mesmo. Lula e Macedo é que podem ter mudado um pouco. Mas esperem! Agora vem a parte que interessa aos professores de jornalismo.

Macedão entra na parada para combater os supostos boatos de que Dilma é favorável à legalização do aborto, certo? Mas quem é ele nessa questão? Ora, um defensor intransigente da… legalização! Chega a ter a cara-de-pau teológica de justificar a sua opinião apelando a uma leitura torta do Eclesiastes.

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Assim, é uma obrigação do jornalismo informar o que pensa Macedo sobre o tema. Não fazê-lo é desinformação. Dado o contexto, uma desinformação favorável a Dilma  Ele já defendeu a legalização em entrevista, livro e no vídeo abaixo.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=PtDd9OEKyvI?wmode=transparent&fs=1&hl=en&modestbranding=1&iv_load_policy=3&showsearch=0&rel=1&theme=dark&&w=425&h=344]

Na minha opinião, tudo é coerente: um líder evangélico favorável ao aborto pede votos em Dilma Rousseff. Faz sentido.PS – Acabo de ver Dilma no Jornal Nacional a defender que mulheres que fizeram o aborto em condições precárias sejam atendidas no serviço público de saúde. Diga-me, candidata: por acaso, elas não são hoje? Isso é plataforma de governo? Tenham paciência!

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