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Dilma, os dossiês, o desafio e a ignorância sobre o papel da imprensa

“Nego terminantemente”. A candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, repetiu essa expressão três vezes ao se referir à reportagem de capa da VEJA sobre gravações legais de conversas de membros do alto escalão do Ministério da Justiça que dão conta de que o órgão era pressionado por Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, e […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 13h51 - Publicado em 24 out 2010, 07h29

“Nego terminantemente”. A candidata petista à Presidência, Dilma Rousseff, repetiu essa expressão três vezes ao se referir à reportagem de capa da VEJA sobre gravações legais de conversas de membros do alto escalão do Ministério da Justiça que dão conta de que o órgão era pressionado por Gilberto Carvalho, chefe de gabinete de Lula, e por ela própria para produzir dossiês.

“Não agüento mais receber pedidos da Dilma e do Gilberto Carvalho para fazer dossiês. Eu quase fui preso como um dos aloprado (…)”
A fala, como vocês viram num post de ontem, é do atual secretário nacional de Justiça, Pedro Abramovay.

Além de “negar terminantemente” — Dilma precisa aprender um outro verbo com seu aliado Jader Barbalho: “Repilo!!!” —, a candidata desafiou os que a acusam a provar que ela encomenda dossiês. Ora, candidata… Vá cobrar explicações de Abramovay, né? Nesse particular, o jornalismo não a acusa de nada, não! O que a imprensa faz é noticiar o conteúdo de uma fita, gravada legalmente e devidamente periciada.

A petista ainda associou a notícia à questão eleitoral etc e tal. Bem, isso é o de hábito. Há aí embutida uma tese, que ela deve ter aprendido na intimidade com Franklin Martins, o ministro da Supressão da Verdade: porque há eleição, Dilma parece sugerir que o correto seria não noticiar… a notícia!

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Pois o bom jornalismo recomenda o contrário, dona Dilma: justamente porque existem eleições, o conteúdo da fita de reveste de especial interesse — nesse caso, interesse público. O que ela queria? Imaginem a cena: digamos que ela se eleja presidente do Brasil; VEJA, então, diria a seus leitores: “Agora nós vamos contar uma coisa que só nós sabíamos e que decidimos que vocês não deveriam saber para não haver o risco de isso influenciar o voto”…

Tenha paciência, não é, candidata!? O eleitor muda de voto se quiser. Isso não é problema nosso. O que ele tem é o direito de saber o que a gente sabe, comprovado por uma fita gravada legalmente. Ele que decida o que fazer da informação.

É claro que os petistas sabem o que é liberdade de imprensa… Eles só não apreciam muito a coisa.

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