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Desapropria, Dilma! Ou: Lágrimas de crocodilo

Eu estou muito decepcionado com a Democracia Socialista, a corrente marxista do PT à qual pertence o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas. Eu estou muito decepcionado com o governo Dilma Rousseff, que é capaz de, numa penada, submeter todo um setor da economia a seus caprichos ideoloógicos. E por que a minha decepção? Porque […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 06h58 - Publicado em 30 jan 2013, 18h19

Eu estou muito decepcionado com a Democracia Socialista, a corrente marxista do PT à qual pertence o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas.

Eu estou muito decepcionado com o governo Dilma Rousseff, que é capaz de, numa penada, submeter todo um setor da economia a seus caprichos ideoloógicos.

E por que a minha decepção? Porque parece que o Planalto está disposto a produzir um novo Pinheirinho no interior de São Paulo. E, ora vejam, basta a caneta para que isso não aconteça. Em vez de agir, o governo federal fica impassível.

Qual é o busílis? Lembram-se daqueles assentados que ocuparam por um dia instalações do Instituto Lula, o que deixou, segundo seus porta-vozes, o Apedeuta chateado? Pois é. Eles cobravam que o governo federal desaproprie uma área, em Americana (interior de São Paulo), que abriga 70 famílias: o assentamento Milton Santos. Nota: não são invasoras. Foram instaladas lá pelo Incra.

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Ocorre que há um litígio entre o grupo Abdalla/Usina Ester e o INSS, a cujo patrimônio a área foi incorporada em razão de dívidas que não teriam sido quitadas. A empresa recorreu e obteve a reintegração de posse. A sentença final foi dada em 2012 pelo Tribunal Regional Federal. O prazo para a saída dos assentados vencia hoje. Uma liminar obtida pelo INSS adiou a operação.

Decisão Judicial
Atenção, meus caros! A reintegração de posse, quando há resistência, tem de ser executada pela Polícia Militar, que não tem como mandar a Justiça plantar favas. O assentamento Milton Santos é produtivo, e as famílias lá estão, convenham, dentro de um programa de reforma agrária conduzida pelo estado.

A exemplo do que poderia ter feito no caso do Pinheirinho, o governo federal poderia resolver a pendenga com a desapropriação da área. E fim de conversa! Há uma penca de motivos que a justificam. Mas notem que nada se fez. E se o INSS não tivesse conseguido a nova liminar? O que esperavam que o governo do estado e a PM fizessem? Que dessem de ombros para a Justiça?

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Imposturas
Isso me lembra todas as imposturas cometidas pelo governo federal no caso do Pinheirinho — o conflito ocorreu há um ano —, a que se seguiu uma cobertura de certos setores da imprensa que ultrapassou todos os limites da delinquência ideológica. Sem jamais ter movido uma pena para resolver o problema, o primeiro escalão do governo Dilma se dedicou à demonização da Polícia Militar de São Paulo. Chegou-se a denunciar um “massacre”. Felizmente, não houve mortes. Era só uma dessas mentiras de que é capaz a máquina oficial de difamação.

O que espera Dilma, sempre tão buliçosa quando se trata de pegar a caneta e decidir, para desapropriar a área de Americana, onde setenta famílias já vivem e produzem?  Querem ver a Polícia Militar de São Paulo atuando “contra os oprimidos” para que petistas possam verter lágrimas de crocodilo?

Desapropria, Dilma!

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