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Delcídio confirma: governo enterrou CPI que ele mesmo criou para aniquilar oposição

Senador deixa claro que, ao perceber que CPI do Cachoeira bateria em cheio no PT, Planalto se mobilizou para desmoralizá-la

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 23h16 - Publicado em 15 mar 2016, 21h20

Pois é, meus caros. Resistir nem sempre é fácil, mas, acreditem, no fim das contas, é bom. Sei bem o que foi enfrentar aqueles tempos da tal CPI do Cachoeira, em 2012.

Foi criada pelo governo. Pela primeira vez na história, a maioria criava uma CPI para esmagar a minoria. Lula se meteu pessoalmente no jogo. O objetivo era criar uma cortina de fumaça para mitigar o peso do mensalão. Vocês vão entender as circunstâncias.

Sim, havia um baita esquema criminoso. Um senador da República, voz influente da oposição, Demóstenes Torres, expulso do DEM, foi cassado por bons motivos. Lula, o futuro superministro, achava que o caso tinha potencial para liquidar a oposição, a imprensa, o Supremo…

À medida que a investigação foi avançando, ficou claro que Carlinhos Cachoeira era, vamos dizer assim, apenas um braço local, goiano, de uma esquema criminoso que chegava ao… Palácio do Planalto.

E o que o fizeram o PT e o governo? Enterraram a CPI.

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No dia 18 de dezembro de 2012, escrevi aqui um post explicando isso tudo.

Abaixo, reproduzo texto da VEJA.com desta terça. Na delação, Delcídio confirma a análise que fiz em 2012. Na sequência, trechos daquele texto.
*
Um dos termos da delação premiada do senador Delcídio do Amaral inclui revelações sobre a CPI do Cachoeira, em 2012. Embora ressalte aos investigadores que não integrou a CPI, Delcídio afirma que “acompanhou os trabalhos de perto”. De acordo com o senador, Lula foi um dos grandes entusiastas e incentivadores da investigação no Senado porque avaliava que a CPI tinha potencial explosivo contra o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo.

Delcídio diz que a CPI “foi criada sem se avaliar muito bem as consequências políticas” e não se sabia quem poderia ser atingido pelas investigações, sobretudo quando viessem à tona empresas e operadores ligados ao contraventor.

Assim, o senador relatou que o governo e parlamentares governistas atuaram para pôr fim à CPI quando as apurações chegaram ao empresário paulistano Adir Assad, cujos negócios foram usados para lavar dinheiro do caixa dois da campanha presidencial petista em 2010. “Quando a investigação da CPI chegou a essas empresas, verificando-se o risco que isso poderia representar, imediatamente a CPI arrefeceu e terminou melancolicamente”, disse Delcídio, que atribui o esvaziamento da CPI à articulação política do Palácio do Planalto.

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“Houve reunião com as bancadas de apoio ao governo, que orientaram aqueles parlamentares que pertenciam à CPI do Cachoeira quanto ao encerramento dos trabalhos”, relatou o senador-delator. Segundo Delcídio, José de Fillipi Junior, o tesoureiro da campanha de Dilma em 2010, orientava empresas doadoras a “utilizarem as empresas de Assad”.

TRECHOS DO TEXTO DE 2012

CPI DO CACHOEIRA 1CPI DO CACHOEIRA 2CPI DO CACHOEIRA 3CPI DO CACHOEIRA 4CPI DO CACHOEIRA 5

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