Daqui a pouco a “esgotosfera” de aluguel vai atacar até Dilma: ela diz que imprensa livre é instrumento contra a corrupção
Por Cristiane Jungblut e Fernanda Godoy, no Globo: Ao participar da abertura de encontro sobre transparência, nesta terça-feira, em um hotel de Nova York, a presidente Dilma Rousseff disse que as ações do seu governo contra a corrupção e pela transparência são “firmes e permanentes”. Sem citar especificamente a crise que levou à faxina e […]
Por Cristiane Jungblut e Fernanda Godoy, no Globo:
Ao participar da abertura de encontro sobre transparência, nesta terça-feira, em um hotel de Nova York, a presidente Dilma Rousseff disse que as ações do seu governo contra a corrupção e pela transparência são “firmes e permanentes”. Sem citar especificamente a crise que levou à faxina e à mudança de ministros, a presidente disse que, desde o início, avisou que não aceitaria erro ou malfeito. Mesmo sem a aprovação no Congresso, Dilma citou a Lei de Acesso à Informação – parada no Senado por resistências da base aliada – como um avanço. E citou como vigilantes contra a corrupção a imprensa brasileira, o Ministério Público e a Controladoria Geral da União (CGU).
Mas teve que ouvir o presidente dos EUA, Barack Obama, que países como Turquia, México e Libéria aprovaram leis que garantiram aos cidadãos o direito à informação. Em seguida, porém, Obama diz que países como Brasil e África do Sul estão colocando mais informações on-line, ajudando as pessoas a controlar a maneira como os governantes gastam o dinheiro dos seus impostos. O presidente se referiu a Dilma como “minha amiga”.
A presidente disse que a imprensa tem atuado sem qualquer restrição no Brasil. Isso depois que o PT defendeu em seu último Congresso Nacional a regulamentação da mídia. “Temos ainda a atuação da Procuradoria Geral da República e de inteligência da Procuradoria Geral da República. E conta-se também com a positiva ação vigilante da imprensa brasileira, não submetida a qualquer constrangimento governamental”, disse Dilma.
As denúncias de desvios de ministros levaram Dilma a fazer uma verdadeira faxina em seus primeiros meses de governo. “As ações do governo nessa matéria s��o firmes e permanentes. Fui muito clara desde o meu discurso de posse em janeiro, quando afirmei que meu governo não terá compromisso com o erro, o desvio e o malfeito”, disse Dilma. Os dois países, Brasil e Estados Unidos, são parceiros no lançamento dessa “Parceria Para o Governo Aberto”, cujo encontro foi realizada agora à tarde. Antes da reunião, Dilma e Obama tiveram um encontro bilateral. Na quarta-feira, a presidente faz a abertura da 66ª Assembleia Geral da ONU, às 10h (horário de Brasília).