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Conversa de Vargas com Youssef sugere um Padilha no comando. O ex-ministro, claro!, nega

Pô, vou mudar de profissão, hehe, e comprar uma bola de cristal. Os porcos vão dizer que é tudo coisa da “imprensa golpista”… Na noite desta quarta, publiquei um post em que se lia o seguinte: Pois é… Vieram a público gravações feitas pela Polícia Federal que evidenciam que Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde e pré-candidato do […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h59 - Publicado em 25 abr 2014, 06h55
Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de SP: gravação sugere que ele estava no controle

Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de SP: gravação sugere que ele estava no controle

Pô, vou mudar de profissão, hehe, e comprar uma bola de cristal. Os porcos vão dizer que é tudo coisa da “imprensa golpista”… Na noite desta quarta, publiquei um post em que se lia o seguinte:

Padilha no blog

Pois é…

Vieram a público gravações feitas pela Polícia Federal que evidenciam que Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde e pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, indicou um diretor do laboratório-fachada Labogen, que pertence ao doleiro Alberto Youssef. Trata-se de Marcus Cezar Ferreira da Silva, que já foi, ora vejam!, assessor parlamentar de um fundo de pensão controlado pelo PT e executivo da pasta então comandada por Padilha. O mais curioso é que o deputado petista André Vargas (PR), aquele, é quem anuncia ao doleiro o futuro diretor, deixando claro tratar-se de uma indicação do então ministro. Vocês entenderam direito: aquele que, em tese, seria o futuro patrão de Cezar Ferreira da Silva, Youssef, nem conhecia aquele que seria seu funcionário. Tratava-se de uma escolha pessoal de Padilha. Eu estou enganado ou quem decide, no fim das contas, é o chefe, seja lá do que for?

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Vamos nos lembrar. O Labogen, que nunca havia produzido um comprimido, tinha conseguido fechar um contrato com o Ministério da Saúde no valor de R$ 31 milhões para o fornecimento de citrato de sildenafila, o princípio ativo do Viagra, remédio também indicado para combater a pressão alta pulmonar. Havia entendimentos para a produção de outras substâncias que chegavam a R$ 150 milhões. Tão logo Youssef foi preso e o caso veio à luz, o Ministério da Saúde anunciou a suspensão do contrato e uma sindicância. Padilha, até havia pouco, se comportava como se não tivesse nada com isso. A interlocutores, Vargas já tinha dado a entender que sabia de fatos que poderiam comprometer o agora pré-candidato petista.

Também o deputado petista Cândido Vaccarezza se enrola um pouco mais. A troca de mensagens deixa claro que recebeu em sua casa, para uma reunião, o doleiro Youssef, Vargas e Pedro Paulo Leoni Ramos, ex-ministro de Collor e sócio oculto do Labogen. Por quê? Ele diz ser apenas amizade. A coisa vai mais longe e evidencia que Vargas também abriu para o doleiro as portas do Fundo de Pensão da Caixa Econômica Federal. Em nota, como era de esperar, Padilha negou que tenha feito a indicação de Cezar Ferreira da Silva, que já foi executivo da área de eventos do Ministério da Saúde.

Dizer o quê? O mundo petista é uma espécie de realidade paralela, em que as coincidências acontecem com uma frequência, também ela, escandalosa. Se bem se lembram, as primeiras conversas que vieram a público entre Vargas e Youssef diziam respeito justamente ao agendamento de uma reunião com um executivo da pasta para que o Labogen obtivesse o sinal verde do órgão federal para a produção de remédio.

Ninguém nunca acreditou que o Ministério da Saúde fosse, assim, a casa da mãe joana, com a qual uma biboca qualquer faz contrato. A conversa de Vargas com Youssef faz supor que, de fato, não é assim. Convenham: o papo sugere que o então ministro estava no controle.

Texto publicado às 21h49 desta quinta
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