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Conselho Tutelar de Londrina vira comitê comunista, rasga o ECA, incentiva invasão e impede acesso de pais a escolas invadidas

Perto de 600 escolas seguem invadidas no Paraná; em cada estabelecimento, meia dúzia de lunáticos extremistas impede milhões de alunos de ter acesso à escola

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 30 jul 2020, 21h30 - Publicado em 24 out 2016, 05h14

Um absurdo sem paralelo está em curso em Londrina — na verdade, em todo o Estado do Paraná. Mas, nessa cidade, a coisa assumiu dimensão inalcançada. O Conselho Tutelar, um órgão criado para proteger a criança e o adolescente, se transformou num instrumento de luta política a serviço da extrema esquerda. Já explico. Antes, algumas considerações.

Já escrevi aqui alguns textos sobre a situação das escolas públicas no Paraná, invadidas por petistas e outros esquerdistas ainda mais mixurucas. Perto de 600 escolas estão sem aula no Estado. Em cada uma delas, grupelhos de 10, 20 pessoas ocupam a administração e impedem o exercício normal das aulas. Milhões de estudantes pobres são prejudicados. E como é que conseguem se impor à maioria silenciosa? Contam, com frequência, com o apoio de professores militantes, estes ligados à Associação dos Professores do Estado do Paraná, que é também um aparelho do PT. Assim, meia dúzia de tiranetes toma o prédio público, os professores de esquerda dão apoio moral e pronto! Todo mundo fica sem aula. Ah, sim: infelizmente, na média, a cobertura que a imprensa do Paraná faz do caso é lamentável. Há textos que lembram manifestos de grêmio do… PSOL ou do PSTU.

Para lembrar: os invasores, que dizem pertencer a um tal “Ocupa Paraná”, querem que o governo federal retire a MP que reformula o ensino médio e que desista da PEC 241, que institui o teto de gastos. Só isso. Os bacanas estão achando que podem impor a sua vontade ao conjunto dos brasileiros.

Pois bem. Já contei aqui que Renan Santos e Arthur Do Val, do MBL (Movimento Brasil Livre) tentaram entrar em uma das escolas invadidas em Curitiba. Foram espancados por um grupo de menores, insuflados por adultos que nem secundaristas são, presentes à ocupação. Trata-se de militantes políticos. Nesta sexta, Renan e Felipe Barros, este também membro do MBL e vereador eleito em Londrina, tentaram entrar em duas escolas acompanhados de pais de alunos: o Colégio Aplicação e o Colégio Barão de Rio Branco.

Sabem quem os impediu nas duas vezes, determinando o fechamento dos portões? Membros do Conselho Tutelar de Londrina. Isto mesmo!!! Os senhores membros do Conselho Tutelar atuaram como tropa de choque dos invasores e alegaram, prestem atenção!!!, a “soberania da assembleia” dos invasores, que repudiavam a presença dos membros do MBL e dos pais, estes especialmente preocupados com as denúncias de que, no ambiente das invasões, há consumo de drogas. Verdade ou mentira? Se houver, é grave, mas esse não é o ponto.

Essa não é a função do Conselho Tutelar, instituído pela Lei 8.069, o tal Estatuto da Criança e do Adolescente. Suas funções estão estabelecidas nos artigos 131 a 139 do ECA. O Artigo 136 define, no Inciso I, que é tarefa do Conselho:
“Atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII”.

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Pois bem: e do que tratam esses artigos? Das várias situações em que a criança e o adolescente têm seus direitos violados ou por ação ou omissão da sociedade ou do Estado; por falta, omissão ou abuso de pais ou responsável;  em razão da própria conduta do adolescente.

Ora, se o Conselho Tutelar quer atuar no caso, a única coisa que lhe cabe fazer é zelar pelos direitos do conjunto dos estudantes do Paraná, impedidos de assistir às aulas em razão da ação de militantes políticos. O Conselho não existe para proteger invasores. O Incido IV do Parágrafo Único do Artigo 100 do ECA define que a “intervenção [do poder público] deve atender prioritariamente aos interesses e direitos da criança e do adolescente, sem prejuízo da consideração que for devida a outros interesses legítimos no âmbito da pluralidade dos interesses presentes no caso concreto”.

Pergunta-se: o Conselho Tutelar de Londrina existe para defender os interesses das crianças e dos adolescentes da cidade ou para servir de braço de um grupo de militantes de esquerda chamado “Ocupa Paraná”?

Cadê o Ministério Público Estadual? Cadê o Ministério Público Federal? O que esses entes estão esperando para agir? É evidente que os invasores estão à espera de uma ação policial, que nunca é um mar de rosas, para ver se conseguem nacionalizar as ocupações. Eis o petismo e as esquerdas fazendo o que sabem fazer desde sempre: inviabilizar a convivência democrática e tornar a vida do cidadão comum um inferno. Em nome de suas utopias baratas.

Entendo que a atuação do Conselho Tutelar de Londrina é criminosa porque viola a Lei 8.069.

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Ah, sim: os esquerdistas de Londrina agora decidiram demonizar o vereador eleito do MBL, acusando-o, como se vê abaixo, de ser a favor do movimento “Escola Sem Partido” e contra a “ideologia de gênero”. Bem, convenham, não se trata exatamente de críticas, mas de elogios. A escola com partido é essa do Paraná: vale dizer, escola não é porque aulas não há.

Vereador do MBL que combate as invasões vira inimiga da minoria extremista dos vermelhos

Vereador do MBL que combate as invasões vira inimigo da minoria extremista dos vermelhos

O Conselho Tutelar de Londrina atua de modo criminoso, e o Ministério Público Estadual e o Ministério Público Federal prevaricam em todo o Paraná.

Reitero: se os senhores pais de alunos não se organizarem para ir às ruas em defesa da escola de seus filhos, eles serão reféns para sempre de meia dúzia de comunistinhas que não precisam estudar porque a sua boa vida é garantida por partidos políticos, alimentados com dinheiro público.

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