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Congresso Judaico Latino-Americano reage a acordo absurdo celebrado por Cristina Kirchner com o Irã

Escrevi ontem, dia 28 de janeiro, um post acusando a indignidade do governo argentino, que firmou um acordo com a ditadura iraniana para “apurar” o atentando ocorrido contra a entidade judaica Amia, em 1994, em Buenos Aires. As investigações já provaram de sobejo que o regime dos aiatolás tem as mãos sujas de sangue também nesse […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 06h58 - Publicado em 29 jan 2013, 22h04

Escrevi ontem, dia 28 de janeiro, um post acusando a indignidade do governo argentino, que firmou um acordo com a ditadura iraniana para “apurar” o atentando ocorrido contra a entidade judaica Amia, em 1994, em Buenos Aires. As investigações já provaram de sobejo que o regime dos aiatolás tem as mãos sujas de sangue também nesse caso. A comissão conjunta é uma indignidade e uma afronta aos judeus da Argentina e do mundo inteiro, em partícular à memória dos mortos  — na maioria, crianças — e de seus familiares.  Como se não bastasse a coisa em si, há uma coincidência macabra: o acordo foi firmado em 27 de janeiro, Dia Internacional de Recordação às Vítimas do Holocausto.

Alguns bobalhões me ironizaram, afirmando que reagi antes mesmo das entidades judaicas. Pois é, eu sou assim. Acho que o Holocausto e o antissemitismo são temas graves o bastante para mobilizar toda a humanidade, não apenas os judeus. O Congresso Judaico Latino-Americano emitiu uma nota a respeito, que acabo de receber. Segue na íntegra:

 NOTA DE REPÚDIO DA POSIÇÃO ARGENTINA

Argentina deu um formidável passo atrás ao firmar um acordo com o Irã criando uma Comissão da Verdade para apurar, mais uma vez, o atentado terrorista cometido contra o edifício da Amia, em 1994, em Buenos Aires, que matou 85 pessoas.

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Ao se associar a um estado terrorista, a atitude do governo argentino desqualifica  os esforços realizados pela sua justiça junto com a Interpol e cujas investigações apontaram o dedo  acusatório na direção de cidadãos iranianos incumbidos de obedecer à determinação oficial de praticar um atentado exemplar e, nele, matar quantos pessoas fosse possível.

É uma afronta à justiça pretender recomeçar tudo de novo realizando audiências em um país como o Irã cujo governo ignora os direitos mais elementares da pessoa humana.

Como buscar a verdade em um país que no último final de semana prendeu 14 jornalistas acusados de suposta cooperação com veículos da mídia estrangeira favoráveis à oposição?

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Como encontrar a verdade realizando audiências em um Irã controlado pelo ministro da Defesa Ahmad Vahidi, que, junto com o ex-presidente Ali Akbar Rafsanjani, é o principal suspeito de planejar o atentado, e ambos procurados pela Interpol?

Como a Argentina pretende descobrir a verdade em um país como o Irã que nega o Holocausto de cerca de 6 milhões de judeus pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial?

A ironia da história – além de pretender desmenti-la – é que o acordo foi firmado dia 27 de janeiro, consagrado como o Dia Internacional de Recordação às Vítimas do Holocausto.

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JACK TERPINS
PRESIDENTE DO CONGRESSO JUDAICO LATINO-AMERICANO

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