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CESARE BATTISTI E O CIRCO UTÓPICO DE TARSO GENRO

Abaixo, algumas sandices sobre o caso Cesare Battisti: APENAS MANDANTE Leitores me dizem que Cesare Battisti não estava pessoalmente no atentado que mandou Alberto Torregiani para a cadeira de rodas e matou seu pai. Pietro Mutti, o ex-comparsa, é que acusou Battisti de ser o mandante. Bem, e daí? Marcola não participa da maioria das […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 18h19 - Publicado em 18 jan 2009, 05h53
Abaixo, algumas sandices sobre o caso Cesare Battisti:

APENAS MANDANTE
Leitores me dizem que Cesare Battisti não estava pessoalmente no atentado que mandou Alberto Torregiani para a cadeira de rodas e matou seu pai. Pietro Mutti, o ex-comparsa, é que acusou Battisti de ser o mandante. Bem, e daí? Marcola não participa da maioria das ações do PCC. Não se reconhece mais testemunho como prova, especialmente quando vindo de um parceiro de crimes? Qual é??? Até porque esse é apenas um dos atos criminosos pelos quais Battisti foi acusado. “Ah, mas tudo vem de Mutti, que teve o benefício da delação premiada…” Ora… Battisti era DIRIGENTE dos Proletários ARMADOS Pelo Comunismo. A palavra “armados” quer dizer… “armados”. Assim, o testemunho de um ex-membro do grupo vale, sim, como prova — quem disse que não? E que se lembre: a delação premiada ajudou a desarmar o terrorismo de extrema esquerda e de extrema direita na Itália. E foi fundamental para diminuir o poder da máfia. A troca de identidades, em casos assim, é de rigor. Ou a pessoa acaba assassinada.
O testemunho de Torregiani está aqui

CASO CACCIOLA
Sei lá em que ninho delinqüente surgiu essa história de que o Brasil estaria dando o troco à Itália, que se negou a extraditar o ex-banqueiro Cacciola. Eis uma cretinice! Ele também tinha cidadania italiana. E o caso é bem distinto, não? Qualquer paralelo será contra o Brasil. Quem não se lembra dos esforços do governo — e de Tarso, em particular — para trazer o ex-banqueiro? Imaginem a gritaria que teria havido por aqui se alguém dissesse, em Mônaco, que a Justiça brasileira não é lá essas coisas e entrasse em minudências sobre o nosso sistema legal. Pois foi o que Tarso fez sobre a Justiça italiana.

CASO STROESSNER
Mesmo um petralha poderia ter um tantinho de senso de ridículo e parar de citar o exemplo. Comparar o refúgio a Battisti com o asilo dado ao ex-ditador paraguaio é uma asnice. Já escrevi a respeito algumas vezes. É só pesquisar.

QUESTÃO IDEOLÓGICA
Tarso diz que as críticas que lhe fazem são ideológicas e que não decidiu conceder refugio político ao terrorista por causa de afinidade política. Ele sabe muito bem que o governo que ele representa não deu nenhuma chance aos dois boxeadores cubanos. Ao contrário: meteu-os num avião venezuelano e os entregou, com laço vermelho, ao regime facinoroso da ilha. E quem esteve no comando da operação? Tarso Genro, chefe da Polícia Federal, que cassou os dois rapazes, impedidos até mesmo de falar com a imprensa. Versão oficial: “Eles queriam voltar para Cuba”. Ouvidos depois, revelaram: não, eles foram devolvidos contra a vontade. Sem processo legal, sem nada.

Agora, Tarso esperneia: “Ah, as críticas que me fazem são ideológicas”. Não, senhor! As suas ações é que têm um claro viés ideológico. Elas protegem os que pertencem, digamos, a seu circo utópico e mandam para a fogueira — ou paredão — os adversários. Os pobres cubanos, coitados!, nem adversários eram. Tratava-se apenas de dois moços querendo alguma chance.
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