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Caso Palocci mete o governo na bolha de plástico

O governo agora decidiu que não fala mais sobre o caso Antonio Palocci. Como o caso Antonio Palocci ainda não tem uma explicação nem mesmo razoável, então a imprensa insiste em perguntar sobre o caso Antonio Palocci, o que deixa o governo irritado com os jornalistas. A ser assim, o caso Antonio Palocci ainda forçará […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 11h49 - Publicado em 30 Maio 2011, 23h07

O governo agora decidiu que não fala mais sobre o caso Antonio Palocci. Como o caso Antonio Palocci ainda não tem uma explicação nem mesmo razoável, então a imprensa insiste em perguntar sobre o caso Antonio Palocci, o que deixa o governo irritado com os jornalistas. A ser assim, o caso Antonio Palocci ainda forçará Dilma e seus ministros a se trancar numa bolha de plástico para que não tenha de responder perguntas sobre, bem…, sobre o caso Antonio Palocci.

É uma situação chata pra eles. Até o normalmente caroável Paulo Bernardo, tão amigo dos jornalistas, perdeu a calma nesta segunda — e quase dá de cara no chão, tão irritado estava. Indagado sobre o caso, como vocês verão abaixo, afirmou: “Já que a agenda de vocês é essa, então eu não falo”

Viram só? Jornalista não tem mais “pergunta”, mas “agenda”, como se houvesse uma contradição de interesses entre a imprensa e os altos assuntos do estado. Tsc, tsc, tsc… Cuidado, hein, imprensa! O tal controle da mídia está agora na pasta de Bernardo! Vai que  ele se zangue e tire do armário o projeto Franklin Martins. O homem anda rondando os palácios…

José Eduardo Cardozo, destinado a superar os sucessos de Tarso Genro na Justiça, anunciou — e, parece, contou um furo formidável:
“Volto a repetir o que já disse. Para a Polícia Federal, não há crime, por isso, ele não será investigado. Há muita fumaça para pouca fagulha”.

A metáfora da fumaça e da fagulha saiu toda torta, meio sem sentido. A alegoria é desconjuntada. Onde há fumaça, como sabem, costuma haver fogo, mas isso é o de menos. O que me espanta é a lógica de Cardozo: “Para a Polícia Federal não há crime, por isso, ele não será investigado”. Deixem-me ver se entendi:
– a PF não investiga porque não há crime:
– sem investigar, como saber se há crime?

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Sabem qual é o busílis? Bernardo se cala porque não tem o que dizer. Obrigado a falar alguma coisa, saem esses monumentos lógicos de José Eduardo Cardozo. Tá feia a coisa. Não há nenhuma megapossível-futura-quem sabe-provável reserva de petróleo a ser anunciada, não?

Leiam texto se Lucas Ferraz, na Folha:
Em visita de pouco mais de cinco horas a Montevidéu, nesta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff evitou contato com a imprensa. Os ministros que integravam a comitiva presidencial se irritaram com perguntas sobre o ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Palocci é coordenador político do governo e pivô de uma crise, depois que a Folha publicou que o seu patrimônio multiplicou por 20 em quatro anos, e que sua empresa faturou R$ 20 milhões em 2010, ano eleitoral.

Após reunião bilateral com o colega José Pepe Mujica, Dilma se limitou a uma declaração formal sobre a visita ao Uruguai. Ela disse que não teria tempo para falar com jornalistas. A presidente embarcou para Brasília no final desta tarde. O ministro Paulo Bernardo (Comunicações) se irritou ao ser questionado sobre Palocci. “Já que a agenda de vocês é essa, eu não falo. Com licença que vou almoçar”, disse, ríspido. O ministro, ao tentar sair dos jornalistas, tropeçou em um cabo e quase caiu.

“Volto a repetir o que já disse. Para a Polícia Federal, não há crime, por isso ele não será investigado. Há muita fumaça para pouca fagulha”, disse o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo. Segundo ele, Palocci não pode divulgar a origem do dinheiro que recebeu em 2010. “Ele pode ser processado pelas empresas se fizer isso. Os contratos de consultoria têm caráter confidencial”, afirmou.

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