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Carlos Guilherme Mota e o aviltante pobrismo de Lula

Por Gabriel Manzano Filho, no Estadão: O que se vê no Brasil, hoje, é um “superpresidencialismo desbussolado e pitoresco”, em que se produz “a montagem de um novo bloco de poder”. Talvez não seja um subperonismo, como alertou no domingo passado, em artigo no Estado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – mas algo pior. “Porque […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 16h28 - Publicado em 8 nov 2009, 06h13

Por Gabriel Manzano Filho, no Estadão:
O que se vê no Brasil, hoje, é um “superpresidencialismo desbussolado e pitoresco”, em que se produz “a montagem de um novo bloco de poder”. Talvez não seja um subperonismo, como alertou no domingo passado, em artigo no Estado, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso – mas algo pior. “Porque o populismo de Perón politizava, enquanto o pobrismo do Brasil avilta.”

A comparação é do historiador Carlos Guilherme Mota, professor titular de História Contemporânea da USP (aposentado) e de História da Cultura na Universidade Mackenzie, para quem Lula pratica “uma forma cordial, mas matreira, de evitar a implantação de uma moderna sociedade civil”. Respondendo ao “para onde vamos” de FHC, Mota diz que “há um fenômeno novo, estimulante, de uma nova esquerda liberal, republicana, socializante”, aparecendo nos EUA, na União Europeia, no Chile e até no Brasil, com figuras como Barack Obama, Michelle Bachelet, Segolène Royal.

O ex-presidente FHC acertou ao dizer que o governo Lula conduz o Brasil para um subperonismo?

Não sei se o termo é esse, mas concordo que se trata da crise mais grave desde os anos 80. Prefiro definir o cenário como um superpresidencialismo desbussolado e pitoresco. A nação assiste, bestificada, à montagem de um novo bloco de poder. O tratamento dado ao segmento social que o governo entende por povo tem algo em comum com o dos descamisados de Evita e de Perón, mas é pior.

No que é pior?

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Porque o populismo de Perón politizava e o pobrismo daqui avilta. O assistencialismo brasileiro é deprimente, pois trata esses condenados da terra como fracassados. E as condições de melhoria social – tão sonhada e ensinada por figuras como Anísio Teixeira, Darcy Ribeiro ou Florestan Fernandes – são pífias. Aqui o capitalismo andou para um lado e a política social andou para outro. Basta ver que o governo não consegue encaminhar a questão dos sem-terra, por exemplo. Mas há, de fato, uma semelhança até física de um certo tipo de “neossindicalista” brasileiro de hoje com aqueles pelegos dos tempos de Getúlio Vargas, Perón, Ademar de Barros…

Como Perón nos anos 50 e nos 70, Lula tem uma enorme aprovação para si e para seu governo.

Ele consegue isso porque põe em marcha uma mobilização autoritária em que aplica, magistral e perversamente, a velha metodologia da conciliação. O autoritarismo popular ao qual FHC se referiu, praticado por Lula, é uma forma cordial, mas matreira, de se evitar a implantação democrática de uma moderna sociedade civil. Com valores e regras respeitados, que valorize a formação da cidadania. Aqui

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