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CADÊ O MINISTÉRIO PÚBLICO? Ou: As “crianças do crack” de Fernando Haddad, o lunático inexperiente e arrogante

Pois é… Mais cedo publiquei uma reportagem que está na VEJA.com, sobre crianças que convivem com seus pais, em condições degradantes, nos hotéis da chamada Cracolândia. Eu me sinto de algum modo envergonhado de a cidade em que moro ter como prefeito Fernando Haddad, do PT. É como se me coubesse fazer alguma coisa para […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 03h08 - Publicado em 5 set 2014, 21h21

Pois é… Mais cedo publiquei uma reportagem que está na VEJA.com, sobre crianças que convivem com seus pais, em condições degradantes, nos hotéis da chamada Cracolândia. Eu me sinto de algum modo envergonhado de a cidade em que moro ter como prefeito Fernando Haddad, do PT. É como se me coubesse fazer alguma coisa para conter um doido, um tirano, um autocrata. Tinha sentimento parecido quando adolescente, ali pelos 15 anos, quando achei que a mim também cabia a tarefa de derrubar a ditadura. As circunstâncias, hoje, é claro!, são outras. Hoje, a gente vive uma espécie de ditadura de opinião. A esmagadora maioria da imprensa é favorável à descriminação das drogas. Jornalistas, com raras exceções, consideram essa ideia “progressista”. E todas as teses que são ao menos parentes dela parecem boas.

O programa “Braços Abertos”, implementado pelo prefeito Fernando Haddad, é um escândalo moral em si, independentemente da opinião que se tenha sobre a descriminação ou legalização das drogas. Se o sujeito, a exemplo deste escriba, é contra e defende a aplicação da lei que está aí, constitui crime uma instância pública, ainda que de forma oblíqua, financiar o consumo e tolerar o tráfico, criando facilidades para que se crie uma “cidade do crack”. Se o indivíduo entende que consumir ou não é só uma questão individual, que a ninguém mais interessa, então que sentido faz o Estado atuar na reparação dos danos provocados pelo vício? Ou se vai partir do princípio amoral de que, na hora do prazer, cada um cuide de si, dividindo com terceiros apenas os prejuízos?

Em que país do mundo existe um programa de suposta “redução de danos” do consumo de drogas que financia moradia para viciados com dinheiro público, reunindo-os todos num único ambiente, protegidos de qualquer forma de censura ou de parâmetro sociais, entregues aos próprios delírios? Em que país do mundo o Estado garante o fluxo de dinheiro da atividade sob o pretexto de que está promovendo a integração dos viciados?

Ora, pais e mães que se tornam viciados migram para a Cracolândia com suas crianças; dependentes químicos se reproduzem. Aliás, a droga, qualquer pessoa que estuda o assunto sabe, elimina censuras, limites e interditos. Com frequência, mulheres se prostituem para conseguir a pedra, sem recorrer a nenhuma forma de proteção. Era só uma questão de tempo para que os hotéis de Haddad passassem a abrigar as crianças. Era fatal que acontecesse.

A cidade de São Paulo está servindo de balão de ensaio a um indivíduo lunático, inexperiente e arrogante. Basta ver a sua obsessão com as ciclovias. Quanto mais estúpida a sua escolha se mostra, mais ele insiste.

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Os crimes que se cometem na Cracolândia pertencem à esfera das ações públicas incondicionadas. Cabe ao Ministério Público tomar as devidas providências para chamar as autoridades às suas responsabilidades. Eu absolutamente não me surpreendo que, hoje (leiam post), crianças convivam com viciados, sujeitas a todo tipo de violência, nos pardieiros financiados pelo ilustríssimo prefeito.

Eu sinto, já disse, uma enorme, uma profunda, uma devastadora vergonha. E faço o que me cabe fazer como jornalista: denuncio a impostura e a vigarice intelectual que está na raiz da tese que deu à luz o programa “Braços Abertos”.

Para arrematar, lembro que, não faz tempo, Haddad levou o príncipe Harry para conhecer a sua grande obra, as suas “crianças do crack”.

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