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Blog do jornalista Reinaldo Azevedo: política, governo, PT, imprensa e cultura
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Boulos, esse misto de Édipo com Lênin de Woodstock, está se sentindo traído pela Mamãe Dilma Jocasta! Fure os olhos, bobalhão!

Guilherme Boulos, essa mistura mal-ajambrada de Édipo com Lênin de Woodstock, voltou a me atacar na quinta, na sua coluna na Folha Online. Já o tinha feito na semana passada. Respondi. Ele voltou à carga, revelando que acompanha, de forma dedicada, o que escrevo e falo na rádio. Na Folha desta sexta, dou uma resposta […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 02h31 - Publicado em 5 dez 2014, 05h21
Boulos, o poodle do radicalismo de manual, pôs a patinha nos ombros de Dilma; e ela deu "um beijinho no ombro" para o Nariz-Marrom

Boulos, o poodle do radicalismo de manual, pôs a patinha nos ombros de Dilma; e ela deu “um beijinho no ombro” para o Nariz-Marrom

Guilherme Boulos, essa mistura mal-ajambrada de Édipo com Lênin de Woodstock, voltou a me atacar na quinta, na sua coluna na Folha Online. Já o tinha feito na semana passada. Respondi. Ele voltou à carga, revelando que acompanha, de forma dedicada, o que escrevo e falo na rádio. Na Folha desta sexta, dou uma resposta curta. Volto ao sebento agora. Releiam o que escreveu.
“Parece que minha última coluna tocou o imperador da direita burra, Reinaldo Azevedo, em algum ponto sensível. O sujeito usou seu blog, sua coluna na Folha e seu programa na Jovem Pan para me atacar, evidentemente, com seu habitual nível rés-do-chão. À parte a raivinha estilizada, que é seu método de manter a audiência e ganhar seu pão, ele deve estar com crise de ansiedade esperando uma ligação. Está transtornado, andou até defendendo movimentos sem-teto do PSDB. Vai lá, Dilma, liga pra ele! Acaba com o sofrimento do rapaz!”

A expressão “direita burra” faz supor que Boulos reconheça a existência de uma “direita inteligente”. Quem será? Como o chefão do Movimento dos (supostos) Trabalhadores Sem Teto nunca se referiu a ela, suponho que só mesmo a “direita burra” o incomode. Ainda seguindo a trilha da lógica, tal incômodo não se daria porque “direita”, mas porque “burra”, donde se conclui que o termo de exclusão, para este notável pensador, é a burrice, não o direitismo. E isso nos leva a concluir que estamos diante de um homem inteligente. A qualidade de sua argumentação, nesse e em outros artigos, fala por ele.

Boulos, com a perspicácia de um psicanalista de fancaria, julga ter tocado em algum “ponto sensível” meu. Uhhh? Será? Imaginem o “Divã do Doutor Boulos…” Tocou, sim, não é de hoje: o estômago! A sua ignorância arrogante, de molequinho rico e birrento “que resolveu mudar de lado”, chega a ser asquerosa. Conserva todos os traços prepotentes do preferido das tias, mas julga falar em nome dos pobres. É a versão bagaceira de um Marat, o “Amigo do Povo”. É a expressão ignorante e tosca da estridência jacobinista.

Seus textos revelam que não leu nada, que ignora os marcos do pensamento da própria esquerda, que é só um voluntarista cretino que ganhou alguma projeção porque a sua condição de palhaço da burguesia em meio aos despossuídos o transforma numa personagem, numa caricatura de revolucionário desapegado dos bens materiais, num São Francisco de Assis que ameaça “fazer correr sangue”.

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Boulos lista os três empregos que tenho, o que ele faz com visível desprezo — desprezo compreensível na pena vagabunda de quem não trabalha nem nunca trabalhou. Ele vive do quê? “Raivinha estilizada”? Não! Errou! Mais estilizada, talvez não no sentido empregado por ele, é a minha alegria. De todo modo, com efeito, ganho o meu próprio pão desde os 15 anos. E o faço sem explorar a boa-fé alheia; sem usar os miseráveis para resolver as minhas angústias íntimas; sem recorrer a uma massa de manobra para compensar déficits de formação afetiva; sem fazer chantagem com as carências alheias; sem violar direitos constitucionais de terceiros; sem incorrer em uma penca de crimes previstos no Código Penal.

O tal não se conforma comigo porque, à diferença de seus parceiros de classe do jornalismo, que incensam os seus dons de renúncia, vejo nele o líder de um grupamento que, sob o pretexto de cobrar justiça social, comete atos criminosos. Mas não só isso: a pessoa na qual outros vislumbram a poesia da frugalidade, eu constato só a paixão doentiamente concupiscente pela pobreza; aquele que, em suma, alguns coleguinhas reconhecem como um líder moral, eu tomo por um celerado desprovido de superego, nas vizinhanças da psicopatia.

Esse cara é produto de uma geração. Tem, se não me engano, 30 e poucos anos. À diferença de esquerdistas e ex-esquerdistas hoje na casa dos 50, que descobriram as suas primeiras inclinações igualitaristas quando ainda não existia o PT, o coitado já é fruto da petização do ensino — inclusive o ensino médio das escolas particulares. É filho dileto das Marilenas Chauis e dos Emirados Sáderes, que se dispuseram a liderar hordas de ignorantes cheios de opinião, mas sem nenhuma informação.

Esquerdistas ainda ou não, os que fizeram escolhas antes de o petismo promover uma razia nas escolas e nas universidades, recorreram aos textos de referência; procuraram, na medida do possível, saber o que de fato estava escrito nos panfletos originais. Boulos não leu nada, não sabe nada, não conhece nada. É só uma colcha de retalhos de coisas que outros leram mal e porcamente. E é ele que vem falar de nível rés do chão? Com qual bibliografia? Com quais credenciais? Com quais instrumentos?

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Leu o que escrevi e ouviu o que comentei e entendeu que eu estaria a exaltar movimentos de sem-teto do PSDB. Boulos não sabe distinguir capim de ironia. Além de prepotente, também é burro.

Quanto a Dilma ligar pra mim, dizer o quê? Não fui eu que posei para fotografias com as patinhas nos ombros da presidente. Também não fui eu que defendi a sua reeleição. Não precisei fazer nada disso, e a petista nomeou Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda, Armando Monteiro para o Desenvolvimento e, consta, vai nomear Kátia Abreu para a Agricultura. Não botei meus bate-paus a serviço de Dilma — até porque não os tenho — e acho que são três boas escolhas, embora eu continue a execrar o seu governo e tudo o que ele representa.

E Boulos, que agora faz beicinho de chifrado, de mimadinho que foi enganado? Tenha compostura, melequento! Está se sentindo traído de novo pela Mamãe Dilma Jocasta. E acha que o Laio sou eu.

Na minha coluna na Folha de hoje se lê: “Se Dilma sabia da roubalheira na Petrobras, o impeachment é inevitável”. Não, ela não vai ligar pra mim, Boulos! Quem está chateado é você! Ficou com o nariz marrom do oficialismo e se sente traído.

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Quem vai pegar essa besta no colo? Não conte comigo! Eu chuto o  seu traseiro!

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