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Boulos, a CUT e outros esbirros do poder marcharam contra “a direita”; quem for neste sábado marchará a favor do “estado de direito”

Manifestações de protesto contra o governo Dilma estão sendo marcadas pelas redes sociais em várias cidades do país para este sábado, aniversário da Proclamação da República. Como costuma acontecer nesses casos, nunca se sabe quantas pessoas serão efetivamente mobilizadas. Podem aparecer alguns poucos entusiasmados; podem ser muitos os indignados. Não importa! Protestar contra o governo […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 02h39 - Publicado em 14 nov 2014, 16h27

Manifestações de protesto contra o governo Dilma estão sendo marcadas pelas redes sociais em várias cidades do país para este sábado, aniversário da Proclamação da República. Como costuma acontecer nesses casos, nunca se sabe quantas pessoas serão efetivamente mobilizadas. Podem aparecer alguns poucos entusiasmados; podem ser muitos os indignados. Não importa! Protestar contra o governo de turno, desde que segundo as regras da civilidade, é um dos atributos dos regimes democráticos. Observe-se que os que hoje se levantam contra a roubalheira e os desmandos não dispõem de uma clientela, como a do sr. Guilherme Boulos, o chefão do MTST, que saiu ontem a vomitar impropérios em defesa do governo. Também não contam com as facilidades da CUT, o sindicalismo chapa-branca que se ancora no dinheiro de um imposto, sobre o qual não precisa nem prestar contas.

Se, neste sábado, houver 10 ou 10 mil indivíduos nas ruas, lá eles estarão por conta própria. Não estarão ocupando o espaço público para ganhar uma casinha do movimento do sr. Boulos. Tampouco serão meros contínuos de um partido político, financiados com capilé oficial. Os protestos marcados para este sábado, reúnam 10 ou 10 mil, são expressões da cidadania sem cabresto, da cidadania que não se deixa capturar por um partido político, por um ente de razão, por uma ideologia redentora que precisa alimentar o ódio para ganhar musculatura.

O país vive um dos momentos mais delicados de sua história. Esquerdistas de fancaria, nababos alimentados com dinheiro público, burguesotes do capital público e alheio, pilantras que mamam nas tetas do governo, essa escória política resolveu inventar que existe um movimento golpista no país, mesmo truque empregado em 2005, quando explodiu o escândalo do mensalão. Uma cobertura irresponsável dos protestos antigovernistas tentou pespegar essa pecha em pessoas comuns, justamente indignadas com o fato de que o fruto do seu trabalho é hoje, na prática, expropriado por bandidos.

Golpista uma ova! Golpistas são os assaltantes da Petrobras. Golpistas são os ladrões de dinheiro público. Golpistas são os que usam o estado brasileiro a serviço de seu projeto de poder. Golpistas são aqueles que se consideram os donos da agenda, os donos da história, os donos do Brasil. Não sei, reitero, se haverá nas ruas 10 ou 10 mil, mas que todos estejam imbuídos de um único propósito: fazer valer a Constituição; fazer valer as leis; fazer valer o estado de direito. Um único homem pedindo justiça já pode ser o início da revolução da decência.

Repudiem, insisto neste aspecto, os imbecis que eventualmente comparecerem a atos públicos cobrando intervenção militar. Ou são idiotas ou, o que é mais provável, agentes provocadores, que alimentarão o jornalismo da distorção.

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Vai triunfar a lei no país, queiram eles ou não. Se ficar comprovado que Dilma não sabia da roubalheira em curso na Petrobras, ela não perderá seu mandato — não por isso ao menos. Se ficar comprovado que sabia, então será deposta. Não por um golpe, mas pela Constituição. Já aconteceu antes, e o país se fortaleceu.

A melhor palavra de ordem para quem quer ocupar as ruas não é o “impeachment de Dilma”. Que a banda boa da Política Federal, da Justiça e do Ministério Público se encarreguem da questão. A boa palavra de ordem é a defesa das leis e do estado de direito.

Guilherme Boulos, a CUT e seus truculentos disseram marchar nesta quinta contra a direita. Errado! Eles foram às ruas contra o estado de direito. E vão perder. Não! O Brasil não pede uma intervenção militar. O Brasil pede a intervenção da sociedade civil, lúcida, democrática, aberta ao futuro, sorridente, esperançosa e feliz.

Esses mortos-vivos que tentam impedir o Brasil de se expressar vão perder.

Texto publicado originalmente às 15h46
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