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Bolsa Família e queda da violência — Calma aí, Mané de Stanford! Tenho as minhas prioridades! Não seja tão ansioso, rapaz!

Um “estudo” feito por pesquisadores da PUC-RJ decidiu medir o efeito do Bolsa Família na redução da violência em São Paulo. Os autores chegaram até a definir um número, sabem? Escrevi a respeito. Publiquei comentários de pessoas me criticando também. Xingamento e desqualificação, não! Vão xingar a véia. Não na minha página! Não patrocino ataques […]

Por Reinaldo Azevedo Atualizado em 31 jul 2020, 08h35 - Publicado em 18 jun 2012, 20h55

Um “estudo” feito por pesquisadores da PUC-RJ decidiu medir o efeito do Bolsa Família na redução da violência em São Paulo. Os autores chegaram até a definir um número, sabem? Escrevi a respeito. Publiquei comentários de pessoas me criticando também. Xingamento e desqualificação, não! Vão xingar a véia. Não na minha página! Não patrocino ataques a mim mesmo porque outros o fazem, hehe…

Um dos comentários recheados de ofensas é de João Manoel Pinho de Mello, que se identifica assim logo nas três primeiras linhas: “professor associado do Departamento de Economia da PUC-Rio e PhD em economia pela Stanford University (2005)”. Parece que ele é o coordenador do trabalho. João Manoel não deve saber que já andei me estranhando com Noam Chomsky e que discordei de uma versão oficial que o Vaticano fez, do latim para o português, de uma encíclica papal. O Vaticano acabou se corrigindo. Não espero o mesmo de Pinho de Mello. Eu não me assusto com títulos, não! O professor poder ser um gênio, mas sua tese é um chute. Não é me chamando de “blogueiro” em tom de desdém que vai conseguir ter razão.

Escreveu um troço imenso tentando me desqualificar e pergunta algo assim: “Não vai ter a coragem de publicar?”. Claro que vou! Mas o dia traz notícias mais quentes e relevantes e preciso antes me dedicar a elas. Depois cuido de você. Seu texto será publicado na íntegra, num “Vermelho-e-azul”. Já antegozo o prazer da escritura. Fique frio aí, Mané de Stanford: deixarei claro aos milhares de leitores o que você pensa a meu respeito. Como não entro na sua página para ofendê-lo, posso até permitir que você me ofenda na minha, mas com resposta.

Se vocês lerem o post que escrevi a respeito, verão que não associo o estudo a ideologia ou algo parecido. Pouco me importa se os pesquisadores são de direita, de esquerda ou de centro. Quero saber se estão certos. Apenas levantei algumas questões incômodas que o chute do professor, recheado de aparente cientificidade, não pode responder. Mas cuidarei dele, e de sua ofensa quilométrica, na madrugada. Ele sustenta que o Bolsa Família concorreu para a queda da violência em São Paulo. Eu perguntei por que a violência explodiu no Nordeste, região que recebeu o maior número de bolsas. A sua resposta pode ser assim sintetizada: “Quem pode garantir que a violência lá não seria ainda maior sem o programa?”. E acha que, assim, me dá uma lição de moral científica. Tenha paciência!

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Então seja corajoso e vá pesquisar o impacto do Bolsa Família na Bahia, rapaz, onde o índice de homicídios triplicou nos últimos 10 anos e demontre que, sem o benefício, o salto poderia ter sido ainda maior. Quero ver! Pra cima de mim??? Não há feitiçaria econométrica que possa fraudar a lógica elementar de maneira tão escandalosa. Mas eu cuido disso mais tarde.

Deixe de ser ansioso, Mané de Stanford!

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